Conheça Mike, a IA da Polícia de SP

A IA é usada para agilizar os atendimentos em chamados pelo telefone 190, liberando os policiais para atender ocorrências de maior gravidade
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 15/08/2024 14h19
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Imagem: Yuichiro Chino/Shutterstock
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A inteligência artificial está reforçando a atuação da Polícia Militar de São Paulo. A corporação implementou uma nova ferramenta que utiliza a IA para agilizar os atendimentos em chamados pelo telefone 190.

IA Mike pode atender quase 200 ligações de forma simultânea

  • O objetivo é liberar os policiais para atender ocorrências de maior gravidade, enquanto o assistente virtual orienta as vítimas em demandas relacionadas a perturbação de sossego.
  • Segundo a PM, estes casos representam cerca de 25% de todas as ligações feitas para o 190 no estado.
  • O projeto ainda é piloto e atende, inicialmente, a capital e a região metropolitana de São Paulo.
  • Desde abril, o “Mike”, nome dado à inteligência artificial do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), realizou cerca de 186 mil atendimentos,
  • A ferramenta é capaz de atender quase 200 ligações de forma simultânea, segundo a PM de SP.
Uso da IA libera policiais para o atendimento de outras ocorrências (Imagem: Vinicius Bacarin/Shutterstock)

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Como funciona o sistema

O atendente do 190 recebe a ligação e, ao identificar que se trata de uma demanda de perturbação de sossego, transfere o chamado para o assistente virtual. O “Mike”, então, realiza perguntas de praxe para identificar o endereço da vítima, o motivo da ligação e o resumo da ocorrência.

As respostas são registradas no Sistema de Informações Operacionais da PM e uma ocorrência é gerada. O caso entra numa fila de prioridades para o despacho de viaturas.

IA é utilizada no Centro de Operações da Polícia Militar (Imagem: reprodução/PM SP)

Em 2023, na capital e região metropolitana de São Paulo, foram atendidos 727 mil chamados de perturbação de sossego via 190. O número é quase o dobro das ocorrências de desinteligência (discussões em geral), segunda colocada no ranking (367 mil ligações recebidas no ano).

Em seguida aparecem as demandas de averiguação de atitude suspeita com 311 mil casos, violência doméstica com 215 mil casos, furtos com 137 mil e roubos com 127 mil chamados respondidos.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.