A maioria dos carros elétricos vendidos hoje não dão lucro, alguns geram perdas na ordem de US$ 50 mil por unidade, aponta artigo da consultoria Bright Consulting. Montadoras menores perdem ainda mais: US$ 270 mil por unidade no segundo trimestre de 2024. Foi o caso da americana Lucid Motors.

A má notícia é que as perdas também atingiram em cheio gigantes do mercado automotivo. A Ford também confirmou que a sua divisão de carros elétricos deu US$ 2,5 bilhões de prejuízo só em 2024 (US$ 50 mil por unidade vendida — o que levou a empresa a mudar de planos.

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Até na China, o maior mercado de automóveis do mundo, apenas duas empresas de veículos eletrificados dão lucro: a BYD e a Li Auto, revelou Song Liping, presidente da Associação Chinesa para Empresas de Capital Aberto (China Association for Public Companies, ou CAPCO).

Tesla é uma das poucas que segue lucrando (pelo menos em tese)

  • A fabricante americana Tesla também alega que consegue lucrar por cada carro elétrico vendido;
  • No quarto trimestre de 2022, a empresa teoricamente lucrou pouco mais de US$ 9.000 por unidade vendida;
  • Ainda assim, a agressiva política de descontos da empresa pode ter “maquiado” a realidade;
  • No trimestre seguinte, a média de lucro subiu para US$ 14.000 por unidade, mas os automóveis ficaram mais baratos;
  • Segundo informações da Bright, a empresa deveria ter perdido US$ 5.000 por unidade se tivesse mantido a mesma margem de lucro.
Fileira de carros elétricos conectados em totens de carregamento da Tesla
(Imagem: Sheila Fitzgerald/Shutterstock)

Tecnologia de baterias ainda precisa evoluir

A maioria dos carros elétricos demoram para carregar, as baterias ainda acrescentam muito peso e será difícil atingir o mesmo nível médio de duração de um carro a combustão. Sem contar com os custos.

bateria íon lítio
(Imagem: IM Imagery/Shutterstock)

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Apesar dos avanços recentes, um pacote de baterias automotivo custa cerca de US$ 30 mil. Para a adoção de carros elétricos atingir um patamar mais alto, será preciso usar baterias melhores, mais seguras, mais leves e duráveis, conclui o artigo da Bright.