A Apple vai permitir que os usuários de iPhone na União Europeia excluam aplicativos nativos, como a App Store e o Safari, e permitir que mais ferramentas de outras empresas substituam as suas próprias. Isso é uma tentativa de seguir a nova lei de concorrência digital da UE.

A mudança ocorrerá já a partir deste ano, por meio de atualizações de software que permitirão aos donos de iPhones e iPads na União Europeia remover aplicativos pré-instalados da Apple, incluindo Safari, App Store, fotos, câmera e mensagens.

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A Apple também vai deixar que aplicativos de outras empresas substituam suas ferramentas de chamadas e mensagens.

A empresa já permitiu que outros aplicativos substituíssem o Safari e o Apple Pay, mas com a nova atualização, as alternativas serão mais visíveis nas configurações do dispositivo, já que a nova versão do software criará novas telas e seções especiais.

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O Safari é um dos aplicativos que poderá ser excluído – Imagem: Primakov/Shutterstock

As mudanças que estão sendo promovidas pela Apple no território europeu são parte de seu esforço para cumprir os requisitos da Lei dos Mercados Digitais da União Europeia, que começou a vigorar em março e busca abrir espaço para empresas menores no mercado digital.

“Essas atualizações vêm do nosso diálogo contínuo com a Comissão Europeia sobre a conformidade com os requisitos da Lei do Mercado Digital nessas áreas”, disse a Apple em comunicado.

Apple pressionada a desfazer monopólio na UE

  • Os órgãos regulatórios europeus vem mitigando as ações anti-concorrência da Apple desde que a nova Lei dos Mercados Digitais passou a vigorar.
  • Em junho, a UE acusou a App Store da Apple de violar a lei por não permitir que desenvolvedores direcionassem clientes para outras formas de pagamento.
  • A UE ameaçou multar a Apple em até 10% de sua receita global se for constatada a violação das regras.
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App Store da Apple violava regras de concorrência estabelecidas na Europa – Imagem: BigTunaOnline/Shutterstock