Um tribunal de apelações dos EUA decidiu que o Google deve enfrentar novamente um processo movido por usuários do Google Chrome. As informações são da Reuters.

Os usuários alegam que a empresa coletou suas informações pessoais sem permissão, mesmo após terem escolhido não sincronizar seus navegadores com suas contas do Google.

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O 9º Tribunal de Apelações, em São Francisco, determinou que o juiz que havia rejeitado a ação coletiva deveria ter verificado se os usuários razoáveis do Chrome concordaram com a coleta de dados quando navegavam online.

A decisão unânime desta semana veio após um acordo do Google no ano passado, no qual a empresa concordou em destruir bilhões de registros para resolver um processo anterior.

O processo alegava que o Google rastreava os usuários mesmo quando eles achavam que estavam navegando de forma privada, como no modo “incógnito” do Chrome.

O Google afirmou que discorda da decisão e acredita que os fatos estão a seu favor. Segundo a empresa, a sincronização do Chrome permite que os usuários acessem o navegador em diferentes dispositivos e tem controles de privacidade claros.

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Tribunal de Apelações reconsiderou reivindicação de ação coletiva contra o Google – Imagem: BigTunaOnline/Shutterstock

Como o processo surgiu

  • A ação coletiva abrange usuários do Chrome que, desde 27 de julho de 2016, não sincronizaram seus navegadores com suas contas do Google.
  • Eles alegam que o Google deveria ter respeitado a política de privacidade do Chrome, que afirmava que os usuários não precisavam fornecer informações pessoais para usar o navegador e que essas informações não seriam coletadas a menos que a função de sincronização fosse ativada.
  • A juíza que inicialmente rejeitou o caso havia considerado que a política geral de privacidade do Google, que permite a coleta de dados, se aplicava, porque a empresa coletava informações dos usuários independentemente do navegador que usavam.
  • No entanto, o tribunal de apelações considerou essa abordagem errada.

O juiz Milan Smith explicou que, embora o Google tenha feito uma divulgação geral de privacidade, ele promovia o Chrome sugerindo que certas informações não seriam enviadas a menos que o usuário ativasse a sincronização. Portanto, um usuário razoável não entenderia necessariamente que estava consentindo com a coleta de dados.

O tribunal devolveu o caso para a juíza Yvonne Gonzalez Rogers, que o havia rejeitado anteriormente.

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Google alega que não enganou usuários em suas políticas de controle de privacidade – Imagem: Gargantiopa/Shutterstock