Os painéis solares têm conquistado cada vez mais espaço e são considerados como o futuro da geração da energia. Mas até mesmo eles já podem estar com os dias contados. Isso porque um grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, desenvolveu um novo material tecnológico capaz de absorver luz e transformá-la em uma fonte energética.

Material pode ser acoplado como uma camada externa

  • Chamada de supercélula solar, ela é composta principalmente de perovskita, um mineral raro que em sua composição é um óxido de cálcio e titânio.
  • O material é fino e flexível, podendo ser acoplado como uma camada externa em objetos ou até construções.
  • Segundo a equipe responsável, a tecnologia atua como um captador de luz, convertendo-a em energia elétrica.
  • No futuro, ela pode substituir parcialmente baterias elétricas e painéis solares fotovoltaicos em equipamentos eletrônicos.
  • Na prática, o novo material seria capaz de garantir energia até para celulares, sendo usado nas capas dos aparelhos, além de carros elétricos (com instalação no teto dos veículos).
Material é feito de perovskita (Imagem: Martin Small/Universidade de Oxford)

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Maior eficácia na conversão de energia

Mais fino do que o wafer de um semicondutor, o componente é mais versátil do que os painéis atuais, o que significa que ele pode ser usado em mais casos. O segredo da sua eficiência está em “empilhar” uma série de lâminas do mesmo material que absorve luz em uma única célula de energia solar.

Dessa forma, segundo os cientistas, é possível ter uma maior eficiência energética do que um painel convencional usado na mesma condição. O material permite uma eficácia na conversão de energia de 27%, valor considerado alto para o setor e que pode chegar a 45% com o tempo, o dobro de painéis solares fotovoltaicos atuais.

As várias camadas presentes no material permitem o acúmulo de energia (Imagem: reprodução/Universidade de Oxford)

Apesar dos bons resultados, a tecnologia ainda deve passar alguns anos restrita aos laboratórios para aperfeiçoamento e também barateamento dos componentes. Só depois disso ela poderá ficar disponível para a população.

Para isso, no entanto, os pesquisadores ainda buscam indústrias dispostas a fabricar o componente e auxílio do governo para que seja possível a produção em massa do material. As informações são da própria Universidade de Oxford.