Mais uma disputa entre China e Estados Unidos está em andamento. Dessa vez, as empresas de Pequim estão tentando vencer as norte-americanas quando o assunto é o desenvolvimento de robôs humanoides.

Pequim está apoiando financeiramente o aperfeiçoamento de robôs

  • Nos últimos dias, várias companhias chinesas apresentaram seus avanços na Conferência Mundial de Robôs, realizada em Pequim.
  • Os protótipos estão sendo aperfeiçoados para trabalharem em fábricas e armazéns, assim como em linhas de montagem.
  • As empresas contam com forte apoio financeiro do governo do país.
  • Segundo analistas, a indústria de robôs humanoides da China demonstra vantagens claras na integração da cadeia de suprimentos e capacidades de produção em massa.
  • As informações são da Reuters.
Robô humanoide G1 da Unitree Robotics pulando
Robô humanoide da chinesa Unitree Robotics consegue até pular (Imagem: Unitree Robotics/YouTube)

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Primeiros protótipos estão quase prontos

O banco de investimentos Goldman Sachs previu em janeiro deste ano que o mercado global anual de robôs humanoides atingiria a marca de US$ 38 bilhões (cerca de R$ 209 bilhões) até 2035, com quase 1,4 milhão de remessas para aplicações industriais e de consumo. Em contrapartida, o custo de produção cairá drasticamente nos próximos anos.

O esforço chinês é uma resposta ao trabalho da Tesla. A empresa de Elon Musk atua no desenvolvimento do robô Optimus, que já demonstrou ser capaz de executar diversos movimentos. A promessa da companhia é de produzir os robôs em pequena escala já a partir do ano que vem.

Robô da Tesla com mão fechada e olhando para o lado
Optimus, o robô humanoide da Tesla, estará em operação plena em 2025 (Imagem: divulgação/Tesla)

Ao mesmo tempo. a UBTECH Robotics, de Hong Kong, vem testando seus robôs em fábricas de automóveis. A expectativa é de fabricação em massa dos produtos a partir de 2025. Isso significaria pelo menos mil robôs trabalhando em fábricas, aumentando a eficiência e produtividade.

Segundo analistas, é provável que demore pelo menos de 20 a 30 anos para que os robôs humanoides se tornem, de fato, uma realidade no nosso cotidiano. No entanto, a disputa pela hegemonia no setor já está em pleno vapor.