Encontrar tesouros como moedas, joias e artefatos antigos não é apenas uma questão de quem encontra fica com tudo. A descoberta do que pode ser considerado um tesouro traz implicações legais significativas, que diferem de país para país.

Desde ossos de dinossauros encontrados em Yellowstone até os objetos perdidos de Indiana Jones, a cultura pop está repleta de tesouros encontrados. Mas a maneira como esses achados são retratados pode não ser tão fiel à realidade.

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Tesouro enterrado tem dono? Descubra quem fica com os artefatos escondidos!

É comum nos depararmos com notícias sobre descobertas de tesouros enterrados, ou perdidos dentro de navios naufragados e escombros. Do mesmo modo, a caça ao tesouro sempre ocupa as histórias e roteiros sobre aventuras internacionais, tornando este assunto de interesse para muitos, especialmente quando se trata de objetos históricos ou de importância cultural. 

Artefato via Rafael AS Martins/Unsplash
Artefato via Rafael AS Martins/Unsplash

Além disso, encontrar um baú cheio de moedas de ouro durante uma pequena reforma no quintal parece um sonho, que poderia mudar completamente a vida de muitas pessoas. Mas as coisas são um pouco mais complicadas no que diz respeito à legislação brasileira – será que é possível ficar com todos os artefatos encontrados?  

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Tesouro escondido: o que fazer ao achar um

Para que o descobridor de um tesouro possa reivindicar a posse do que encontrou, algumas condições precisam ser atendidas de acordo com a legislação brasileira. Ou seja, o tesouro deve ser antigo, estar escondido, ter um proprietário desconhecido e ter sido encontrado acidentalmente pelo descobridor.

Baú de tesouro via Bjorn Pierre/Unsplash
Baú de tesouro via Bjorn Pierre/Unsplash

Para o caso do proprietário ser conhecido, a legislação estipula que qualquer tesouro encontrado deve ser partilhado igualmente entre o descobridor e o proprietário do terreno. Se o descobridor tinha conhecimento de que estava explorando propriedade alheia sem a devida autorização, ele não terá direito a nada. Por fim, o dono do terreno ficará com todo o tesouro caso tenha contratado alguém para realizar a busca, ou se o descobridor for o próprio proprietário.

Quanto aos tesouros encontrados além das fronteiras nacionais, a posse e transporte dos artefatos dependem da legislação local e do valor histórico ou cultural do objeto. Em outras palavras, é sempre importante relatar às autoridades quando um artefato é encontrado.