A mpox foi recentemente classificada como uma nova emergência global pala Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida foi adotada em função da rápida propagação da variante 1B do vírus, mais contagiosa e que já foi registrada na República Democrática do Congo, além de outros países da África, Ásia e até na Europa. Em meio a este cenário, algumas dúvidas sobre a doença têm surgido.

Casos de reinfecção pelo vírus já foram relatados

Uma das principais questões levantadas é sobre a possível reinfecção pela mpox. Segundo especialistas, o corpo humano cria uma proteção de longo prazo contra o vírus após a primeira infecção (exatamente como acontece com outras doenças).

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Segundo a OMS, a duração dessa imunidade ainda está evoluindo. Mas casos de reinfecção já foram relatados. Isso significa que é possível ter mpox mais de uma vez.

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Representação de um vírus da mpox (Imagem: Dotted Yeti/Shutterstock)

Um estudo recente apontou que quem foi infectado por duas vezes teve um curso mais leve e rápido na reinfecção. Além disso, as infecções pós-vacinação apresentaram poucas lesões e pouco envolvimento mucoso.

Nestes casos, não houve mortes ou infecções secundárias graves. Todos os pacientes foram tratados ambulatorialmente, exceto um que precisou de internação para uma lesão no pescoço. As informações são do G1.

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Sintoma mais comum da doença são as erupções cutâneas (Imagem: Irina Starikova3432/Shutterstock)

O que é a mpox?

  • A mpox era anteriormente conhecida como varíola dos macacos.
  • O nome foi alterado pela OMS no final de 2022.
  • Trata-se de um vírus que causa lesões na pele do rosto, podendo se espalhar para outras partes do corpo, incluindo a região genital.
  • Outros sintomas incluem febre, fadiga e dores.
  • A doença foi descoberta pela primeira vez no final da década de 1950.
  • Desde então, há evidências de que o vírus passou por mutações, principalmente nos últimos três a quatro anos, que permitiram uma transmissão entre humanos com mais facilidade.
  • Apesar do aumento nas mutações e na transmissão, mais da metade das variantes do vírus detectadas entre 2018 e 2022 são consideradas “silenciosas”, porque não alteram nenhuma das proteínas virais necessárias para escapar das células do nosso sistema imunológico.
  • A mpox tem transmissão peculiar: depende do contato físico próximo e prolongado.
  • Ainda não há tratamento específico para doença.
  • Assim como alguns outros vírus, incluindo a Covid-19, a gravidade depende da idade e condição de saúde da pessoa infectada.