As queimadas que atingiram o interior do estado de São Paulo entre a última sexta-feira (23) e segunda-feira (26) causaram ao menos R$ 1 bilhão de prejuízo aos produtores rurais. É o que estima a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado.
Para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prejuízo deve passar de R$ 1 bilhão. Em entrevista à GloboNews, o governador também citou o prejuízo ambiental causado pelas queimadas. E disse que as ações geradas de forma criminosa e pelo tempo seco afetam plantações e residências.
Queimadas deixam rastro ‘devastador’ no interior de SP
Tarcísio de Freitas também afirmou, na entrevista, que as queimadas têm “efeito devastador”, se referindo ao agronegócio. “Nós vamos apoiar o agronegócio. Vamos avaliar os prejuízos juntos aos produtores e sindicatos rurais e entrar estendendo a mão porque a gente sabe o quanto o agronegócio é fundamental para o estado de São Paulo.”
Segundo dados preliminares, 3.837 propriedades rurais foram atingidas pelas queimadas em 144 municípios do estado de São Paulo. As informações são de 20 das 40 regionais da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral.
Ao longo de três dias, São Paulo registrou mais de 2,3 mil focos de incêndio. Para você ter ideia, este foi o mês de agosto com mais focos de queimadas no estado desde 1998.
Para o Secretário Nacional de Proteção e da Defesa Civil, Wolnei Wolff, 99,9% dos incêndios foram causados por ação humana. “Quando eu disse que foi uma surpresa não é porque em anos anteriores não houve incêndio. A surpresa foi que só em dois dias praticamente 50 municípios tiveram incêndios iniciados ao mesmo tempo”, disse a jornalistas (via Poder360).
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Queimadas e ação humana
O Ibama segue a mesma linha de entendimento. Para a autarquia, o início dos focos de maneira quase simultânea na última sexta indica ação orquestrada. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, até citou a possibilidade de ter sido um “novo dia do fogo“.
Por outro lado, o governo do estado de São Paulo diz que não há elementos que conectem as ocorrências. Até a publicação desta nota, quatro pessoas tinham sido presas por suspeita de atear fogo em áreas rurais no interior do estado. Inclusive, um deles integrava uma facção criminosa.
Atualmente, a Polícia Civil e a Polícia Federal investigam o caso.
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