A alga está amplamente presente na culinária oriental. Além de saborosa, ela auxilia na perda de peso e melhora a saúde do coração e do cérebro. Recentemente, uma nova pesquisa descobriu que o consumo dessa planta marinha também pode oferecer proteção aos nossos neurônios e ajudar a prevenir a doença de Parkinson.

Atualmente, não existe cura para a condição que afeta o sistema nervoso e causa sintomas como tremores, rigidez e dificuldade de movimentação. No entanto, diversos alimentos com propriedades antioxidantes – como frutas vermelhas e amendoim – podem ajudar a prevenir a doença. Esse também é o caso da alga Ecklonia cava.

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Como a alga marinha ajuda a combater o Parkinson?

A principal causa da doença de Parkinson é a morte de alguns neurônios específicos que produzem dopamina – uma substância química que ajuda a controlar o movimento.

Em resposta aos raios ultravioleta e à poluição do ar a que somos expostos todos os dias, o corpo produz o que é chamado de radicais livres. Quando são produzidos em grande escala, o organismo não consegue eliminá-los e, consequentemente, eles podem atacar nossas células saudáveis, incluindo esses neurônios.

Um dos principais combatentes dos radicais livres são os antioxidantes. Naturalmente, já os fabricamos sozinhos, mas ingerir alimentos ricos nessa propriedade – como a Ecklonia cava – pode fazer toda a diferença na hora de eliminar esses inimigos.

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A morte de neurônios produtores de dopamina geram os tremores comuns da Parkinson – Imagem: Creative Cat Studio/Shutterstock

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Experimentos com ratos revelam o potencial da alga no tratamento de Parkinson

  • Cientistas japoneses realizaram um teste com camundongos para entender os efeitos preventivos da alga Ecklonia cava.
  • Os animais foram modificados para desenvolver a doença de Parkinson e, em seguida, parte deles recebeu uma dieta de antioxidantes da Ecklonia cava.
  • No cérebro dos ratos que consumiram a alga, os neurônios produtores de dopamina pareciam mais protegidos contra os radicais livres.
  • Além disso, eles apresentaram menos sintomas em comparação com os animais que não receberam a dieta à base de alga.
  • Os efeitos da alga também foram observados em células cultivadas em um prato e expostas à rotenona. A substância é um pesticida usado para induzir a doença de Parkinson nos ratos e aumenta a produção de radicais livres no organismo.
  • No caso das células cultivadas, os antioxidantes da planta reduziram a quantidade de radicais livres nas células, prevenindo a morte celular.
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Algas marinhas possuem propriedades antioxidantes que podem ajudar a prevenir o Parkinson – Créditos: Douglas Klug/Moment/Getty Images

O começo do caminho para novos tratamentos

Apesar de animadores, os resultados de estudos como esses nem sempre se aplicam a humanos. Por exemplo, a vitamina C protege contra o Parkinson em modelos animais, mas não tem o mesmo efeito em humanos. Isso ocorre porque esses modelos não replicam completamente a complexidade da doença em humanos, que afeta o cérebro e o corpo de forma complexa e ao longo de muitos anos.

Novos ensaios clínicos são necessários para confirmar a eficácia da Ecklonia cava na prevenção ou desaceleração do Parkinson. Se forem comprovados, os achados podem levar à criação de tratamentos potenciais contra a doença. Independentemente do caso, consumir a alga certamente trará outros benefícios.

A pequisa completa está disponível na revista MDPI.