Se você comprar um kit de internet da Starlink de um revendedor não-autorizado saiba que agora você corre o risco de tomar uma bela multa. Isso porque, em uma tentativa de combater cambistas que revendem seus equipamentos, a Starlink está adotando uma nova taxa para kits ativados fora da região original de compra. O valor pode chegar a U$$ 300, o equivalente à cerca de R$ 1650 na cotação atual, dependendo do kit adquirido e da localização de ativação.

A medida visa combater a prática ilegal que compram os equipamentos em regiões em que o custo é mais baixo e revendem em outras regiões. A Starlink estabeleceu seis regiões específicas em que a taxa pode ser aplicada: EUA e Canadá, Europa, Ásia, África, América Latina e Oceania.

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O valor varia entre $200 e $300, dependendo do modelo do kit, sendo que o Starlink Mini tem a taxa mais alta. A empresa também adverte que a cobrança pode ser feita, tanto em dólares americanos quanto na moeda local, o que pode resultar em custos adicionais devido à variação cambial.

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Comprar kit da Starlink de cambista pode gerar multa de até R$ 1650. Imagem: shutterstock/The Bold Bureau

Para evitar essa taxa extra, a Starlink recomenda que os consumidores adquiram seus kits diretamente da empresa ou de um revendedor autorizado em sua região. A nova política reflete um esforço significativo da empresa para proteger seus preços regionais e combater a revenda internacional.

Starlink pediu à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) permissão para acrescentar 7,5 mil satélites à constelação de 4,4 mil que cobre o Brasil. A consulta pública da Anatel sobre o tema terminou no dia 31 de julho. As operadoras brasileiras nacionais e de satélite questionaram a solicitação.

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Starlink quer instalar mais de 7 mil satélites “em cima” do Brasil. Imagem: Mike Mareen/Shutterstock

A Claro, a Telefônica e a TIM expressaram preocupações com a possível interferência dos satélites da Starlink nos enlaces de micro-ondas e na Banda E utilizados em suas redes de transporte e 5G. A Claro teme impactos nos enlaces de micro-ondas que cobrem metade do território nacional, enquanto a Telefônica alerta sobre os riscos para o backhaul da rede celular e pede mais estudos antes de avançar com o uso da Banda E por satélites. A TIM também destaca a necessidade de um cadastro das estações da Starlink no Sistema MOSAICO-ANATEL para evitar conflitos de frequências e proteger a infraestrutura existente.