Comer sanduíche de presunto todo dia pode elevar risco de diabetes?

Para os amantes do famoso sanduíche de presunto, essa descoberta científica pode ser desanimadora. Uma equipe de pesquisadores internacionais associou o consumo de carne vermelha — tanto processada quanto não processada — ao risco de desenvolver diabetes tipo 2 em uma nova investigação. O hábito diário de comer o lanche apareceu como um dos fatores que mais elevam a chance de desenvolver a doença.

O estudo analisou dados de 20 países da Europa, Ásia, Américas e Pacífico Ocidental, disponibilizados pelo projeto InterConnect. A iniciativa fornece dados brutos de pesquisas anteriores para novas investigações.

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Consumo de carne vermelha pode elevar o risco de diabetes tipo 2

• O consumo de carne vermelha, independentemente do nível de processamento, foi relacionado a um maior risco futuro de diabetes tipo 2.
• Por exemplo, consumir o equivalente a cerca de duas fatias de presunto por dia está associado a um risco 15% maior ao longo de 10 anos.
• Já um pedaço de bife — cerca de 100g não processadas — por dia pode aumentar em 10% o risco de desenvolver a doença.
• Além da carne vermelha, a carne branca também parece apresentar seu perigo.
• De acordo com a pesquisa na Europa, o consumo de 100 gramas de frango por dia foi associado a uma chance 8% maior de desenvolver diabetes em 10 anos.

Devo parar de comer carne vermelha para evitar o diabetes?

Apesar do estudo ter encontrado uma forte relação entre o consumo de carne vermelha e a diabetes, não existem evidências concretas que comprovem essa relação. Uma característica do alimento pode explicar e fortalecer a associação: ele é rico em ácidos graxos saturados, um dos causadores da resistência à insulina. No entanto, nada foi provado até o momento.

Novas pesquisas são necessárias para avaliar a descoberta. Até lá, os cientistas recomendam apenas diminuir o consumo de carne vermelha. Ou seja, não é preciso parar de comer aquele delicioso sanduíche de presunto, mas é aconselhável evitar o consumo excessivo.

Detalhes do estudo foram publicados na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology.