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Cientistas das Universidades de Exeter, na Inglaterra, e Maastricht, na Holanda, descobriram que certas alterações químicas no DNA podem revelar informações valiosas para entender o risco de desenvolver demência. Essas modificações são influenciadas tanto por fatores genéticos quanto pelo estilo de vida e podem ser detectadas no sangue.
Em termos simples, as “marcas” das alterações químicas deixadas no nosso DNA podem ajudar a prever a probabilidade de alguém ser afetado pela doença no futuro. A nova descoberta, publicada em dois artigos na Alzheimer’s & Dementia, abre novas possibilidades para a prevenção e o tratamento da demência.
A metilação do DNA é uma espécie de “etiqueta química” que pode ser adicionada ao nosso DNA. Essa etiqueta tem a capacidade de ligar ou desligar certos genes, influenciando como eles funcionam em nosso corpo. No entanto, fatores genéticos e de estilo de vida também podem alterar o nível dessa marca. Alguns deles são conhecidos por aumentar o risco de desenvolver doenças, como o Alzheimer.
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Por isso, o processo tem grande potencial para ajudar os cientistas a entender melhor como nossos genes e nosso estilo de vida afetam o risco de desenvolver doenças como a demência. Avaliando as “marcas químicas”, pode ser possível descobrir pistas sobre como e até que ponto os fatores contribuem para o desenvolvimento da doença.
Ambos os principais líderes dos estudos acreditam que os resultados apontam para um caminho em que uma análise do sangue possa fornecer dados importantes sobre o risco de uma pessoa desenvolver demência. A ideia é continuar aprofundando os achados da descoberta.
Nossas descobertas abrem caminho para estudos futuros que explorarão estratégias de saúde mais personalizadas e preventivas no combate ao comprometimento cognitivo.
Dr. Ehsan Pishva, da Universidade de Maastricht, para o EurekAlert!
Esta post foi modificado pela última vez em 29 de agosto de 2024 15:38