O ultrassom é uma das ferramentas mais poderosas e versáteis da medicina moderna. Se você já realizou algum exame de imagem, provavelmente se deparou com essa tecnologia, que permite visualizar o interior do corpo humano de forma não invasiva.

Utilizado tanto para diagnósticos médicos quanto em tratamentos terapêuticos, o ultrassom é amplamente empregado em diversas áreas da saúde, como a obstetrícia, cardiologia, ortopedia, e até mesmo em tratamentos estéticos. Além disso, sua aplicação vai além da medicina, sendo também utilizada na indústria e até mesmo em ecografias para animais. Mas você sabe realmente o que é o ultrassom e como ele funciona?

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Vamos explorar em detalhes o que é o ultrassom, como ele funciona e por que se tornou uma ferramenta tão importante no diagnóstico e tratamento de inúmeras condições médicas. Se você quer entender mais sobre essa tecnologia que revolucionou a medicina, continue lendo.

O que é ultrassom?

O ultrassom é um método de diagnóstico por imagem que utiliza ondas sonoras de alta frequência para criar imagens de estruturas internas do corpo. Diferente de exames que utilizam radiação, como o raio-X, o ultrassom é uma técnica não invasiva e segura, o que o torna uma escolha popular em diversas áreas da medicina.

O ultrassom é amplamente conhecido por seu uso na obstetrícia, onde permite visualizar o desenvolvimento do feto durante a gravidez, mas suas aplicações são vastas e incluem áreas como cardiologia, ortopedia, urologia e muito mais.

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O termo “ultrassom” refere-se a ondas sonoras com frequências superiores ao limite de audição humana, que é aproximadamente 20.000 hertz. Essas ondas sonoras são emitidas por um dispositivo chamado transdutor, que também captura os ecos dessas ondas ao atingirem os tecidos do corpo. O resultado é uma imagem em tempo real que pode ser usada para avaliar órgãos, tecidos e até mesmo fluxo sanguíneo.

O astronauta da NASA Chris Ferguson tem seus olhos fotografados com ultrassom enquanto faz um exame oftalmológico. A saúde dos astronautas é sempre monitorada, mas nenhum estudo anterior se dedicou exclusivamente à parte sexual. Crédito: NASA

Além de sua aplicação em diagnósticos, o ultrassom também é utilizado em terapias, como na fisioterapia para tratamento de lesões musculares e articulares, onde as ondas sonoras ajudam a acelerar o processo de cicatrização. Ele é uma tecnologia extremamente versátil, adaptada para diferentes necessidades médicas.

Como funciona o ultrassom?

O funcionamento do ultrassom baseia-se em princípios simples da física, mas a tecnologia por trás dele é bastante sofisticada. Tudo começa com o transdutor, que é o dispositivo que gera e capta as ondas sonoras. Quando o transdutor é colocado sobre a pele do paciente, ele emite pulsos de ondas sonoras de alta frequência que viajam através dos tecidos do corpo. Essas ondas são refletidas de volta ao transdutor ao atingirem diferentes estruturas internas, como órgãos e ossos. A partir desses ecos, o equipamento de ultrassom cria uma imagem detalhada das partes internas do corpo.

O papel do transdutor

O transdutor é a peça-chave do ultrassom. Ele contém cristais piezoelétricos que, quando estimulados eletricamente, produzem ondas sonoras. Ao mesmo tempo, esses cristais têm a capacidade de detectar as ondas refletidas pelos tecidos, convertendo-as novamente em sinais elétricos que serão interpretados pelo sistema de ultrassom.

A variação de densidade dos tecidos no corpo humano é o que permite a formação da imagem. Por exemplo, as ondas sonoras passam facilmente por fluidos, mas são refletidas com mais intensidade ao encontrar tecidos mais densos, como ossos. Isso cria contrastes que ajudam a diferenciar as estruturas nas imagens.

Imagem: Dr. Davi Cazarim

A formação da imagem

Após a captura dos ecos pelo transdutor, esses sinais são enviados para um computador que processa as informações e cria uma imagem bidimensional ou tridimensional, dependendo do tipo de ultrassom utilizado. Essas imagens são formadas em tempo real, o que permite ao médico avaliar o movimento de órgãos ou fluxos sanguíneos, por exemplo.

Existem diferentes tipos de ultrassom, cada um adaptado para uma aplicação específica. O ultrassom Doppler, por exemplo, é usado para avaliar o fluxo sanguíneo, ajudando no diagnóstico de condições como trombose venosa e insuficiência arterial. Já o ultrassom 3D e 4D, bastante utilizados na obstetrícia, permitem visualizar o bebê com maior clareza e até em movimento.

Vantagens do ultrassom

Uma das grandes vantagens do ultrassom é sua segurança. Como ele não utiliza radiação ionizante, como é o caso dos raios-X e tomografias computadorizadas, o ultrassom é considerado um exame seguro para praticamente qualquer pessoa, inclusive gestantes. Além disso, o ultrassom é relativamente rápido e não invasivo, o que significa que não é necessário fazer cortes ou inserções no corpo, tornando o procedimento confortável para o paciente.

Outra vantagem significativa é a sua capacidade de fornecer imagens em tempo real, o que é essencial em muitos procedimentos médicos. Isso permite que os médicos façam diagnósticos rápidos e precisos, além de guiar procedimentos terapêuticos, como biópsias e drenagens.

Limitações do ultrassom

Apesar de suas inúmeras vantagens, o ultrassom também tem algumas limitações. Ele não é tão eficaz para visualizar estruturas que estão localizadas atrás de ossos ou que contêm gás, como os pulmões e intestinos, uma vez que as ondas sonoras não passam bem por essas barreiras. Além disso, a qualidade das imagens pode variar dependendo da habilidade do operador e das características físicas do paciente, como o excesso de gordura corporal, que pode dificultar a passagem das ondas sonoras.

Imagem: Socialmed/Reprodução

Mesmo com essas limitações, o ultrassom continua sendo uma ferramenta fundamental no diagnóstico e tratamento de inúmeras condições médicas. Seu uso é amplamente recomendado em diversos cenários, e a tecnologia continua evoluindo para superar suas limitações e oferecer ainda mais precisão nas imagens.

O ultrassom é uma tecnologia revolucionária que transformou a medicina moderna. Desde diagnósticos precisos até tratamentos terapêuticos, ele oferece uma maneira segura e eficaz de visualizar o interior do corpo humano sem a necessidade de procedimentos invasivos. Apesar de suas limitações, sua versatilidade e segurança continuam a torná-lo uma escolha indispensável em diversas áreas da medicina.