Um dispositivo vestível de ultrassom criado por pesquisadores da Universidade de Utah pode ajudar a tratar depressão e dores crônicas em uma única sessão de 40 minutos. Chamado de Diadem, o equipamento é montado direto na cabeça dos pacientes, e funciona com ondas sonoras direcionadas.

Entenda:

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  • Um dispositivo vestível de ultrassom pode ajudar a tratar dores crônicas e depressão em 40 minutos;
  • O Diadem é um aparelho que usa ondas sonoras direcionadas para tratar distúrbios no córtex cingulado anterior – relacionado à dor e às emoções;
  • Tantos os pacientes com dores crônicas quanto os com depressão clínica relataram melhorias após o tratamento com o dispositivo;
  • A equipe busca realizar uma nova fase de testes para levar o Diadem ao público geral;
  • O estudo foi publicado na Pain.
Dispositivo usa ondas sonoras para tratar depressão e dores crônicas. (Imagem: Universidade de Utah)

O aparelho – cujo design lembra bastante um headphone – segue uma técnica conhecida como neuromodulação, processo que usa feixes de frequências ultrassônicas enviados para áreas específicas do cérebro, tratando uma série de distúrbios neurológicos. Aqui, o Diadem atua no córtex cingulado anterior (CCA), relacionado à percepção da dor e ao processamento de emoções.

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Dispositivo teve resultados promissores em pacientes com depressão e dores crônicas

Nos testes, 20 pacientes com dores crônicas realizaram duas sessões com o Diadem e, imediatamente após o tratamento, 60% dos participantes apontaram uma redução de ao menos 33% no nível da dor. No caso do tratamento contra depressão clínica, 14 pacientes foram tratados com apenas uma sessão e 10 deles relataram remissão.

Depressão
Pacientes com depressão clínica perceberam melhora após uma sessão com o dispositivo. (Imagem: Black Salmon/Shutterstock)

“Ficamos impressionados com os resultados positivos até agora. Após apenas uma única sessão de estimulação de 40 minutos, os pacientes estão mostrando melhorias imediatas e clinicamente substanciais nos sintomas”, diz Tom Riis, autor principal do artigo, em comunicado.

Os pesquisadores agora buscam levar os testes clínicos com o Diadem à Fase 3, e, dependendo dos resultados, receber o aval da Food and Drug Administration (FDA) para disponibilizar o aparelho ao público em geral.