Uma nova vacina experimental contra o câncer de pulmão foi aplicada pela primeira vez em Londres, Reino Unido. Janusz Racz, de 67 anos, recebeu a dose da vacina BNT116, desenvolvida pela BioNTech, em um teste internacional que vai determinar a segurança do imunizante e a possibilidade de uso junto a outros tratamentos de câncer existentes.

Entenda:

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  • A vacina experimental contra câncer de pulmão BNT116, da BioNTech, foi testada pela primeira vez em um paciente de Londres;
  • O teste deve determinar a segurança da vacina e seu possível uso junto a outros tratamentos de câncer;
  • O imunizante usa RNA mensageiro para apresentar marcadores de tumor e atuar seletivamente nas células cancerígenas;
  • O estudo ainda deve receber outras 130 inscrições de pacientes em sete países, abordando estágios variados de câncer pulmonar de células não pequenas (CPCNP).
Janusz Racz foi o primeiro a receber vacina contra câncer de pulmão. (Imagem: Aaron Chown/PA)

“Estamos entrando em uma era muito emocionante de ensaios clínicos de imunoterapia baseados em RNA mensageiro para investigar o tratamento do câncer de pulmão. Esperamos que isso forneça uma oportunidade de melhorar ainda mais os resultados para nossos pacientes com câncer pulmonar de células não pequenas (CPCNP), seja em estágios iniciais ou avançados”, diz Siow Ming Lee, líder do estudo no Reino Unido, em comunicado.

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A BNT116 usa RNA mensageiro para apresentar marcadores de tumor do CPCNP ao sistema imunológico do paciente, atuando seletivamente para reconhecer e combater as células que carregam esses marcadores – diferente, por exemplo, da quimioterapia, que pode afetar tanto as células cancerígenas quanto as saudáveis.

Estudo ainda deve receber 130 pacientes de sete países. (Imagem: Aaron Chown/PA)

O estudo ainda deve receber as inscrições de cerca de 130 outros participantes em sete países, reunindo quadros de diferentes estágios do CPCNP que vão desde a fase inicial – antes de tratamentos com cirurgia ou radioterapia – até as mais avançadas ou recorrentes.

“Pensei sobre isso e decidi participar porque espero que isso forneça uma defesa contra células cancerígenas. Mas também pensei que minha participação nessa pesquisa poderia apoiar outras pessoas no futuro e ajudar a tornar a terapia mais amplamente disponível” conta Racz.