A maior bateria do mundo será construída em breve nos Estados Unidos. Pelo menos este é o plano de uma startup de energia chamada Form Energy. O projeto promete diminuir o estresse na rede elétrica da região de Lincoln, uma cidade localizada no estado americano de Maine.

O Departamento de Energia do país inclusive investiu US$ 147 milhões na ideia. Saiba mais sobre a ambiciosa solução de armazenamento de energia.

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Maior bateria do mundo pode bater recorde

  • Segundo comunicado divulgado pela empresa, a nova bateria poderá armazenar 8.500 megawatts-hora (MWh) de energia;
  • Se confirmado, o sistema terá mais capacidade energética que qualquer outro já anunciado, afirmou Mateo Jaramillo, CEO e cofundador da Form Energy;
  • Para ter uma ideia, se fosse possível usar o mesmo sistema de bateria da Form Energy em um carro elétrico, por exemplo, ele poderia dar a volta na Terra 1.228 vezes com apenas uma carga;
  • O recorde atual é de um projeto similar instalado na Califórnia, que usa mais de 120.000 baterias para armazenar 3.287 MWh de energia.
Sistema de armazenamento será construído a partir de múltiplos módulos de bateria individuais com cerca de 50 células. (Imagem: Gabriel Sérvio/Criada por DALL-E)

“O projeto garantirá uma rede mais confiável, limpa e acessível”, disse o executivo. A bateria será baseada em um novo sistema de ferro-ar da Form Energy, que funciona usando um processo de “ferrugem reversível”.

Em resumo, quando a bateria descarrega, ela absorve oxigênio do ar e converte o ferro dentro da bateria em ferrugem. Então, quando a bateria está recarregando, o processo é revertido — convertendo a ferrugem de volta em ferro e liberando oxigênio no ar.

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Vantagens das baterias de ferro-ar

Não há metais pesados ​​nas baterias de ferro-ar, o que significa um impacto ambiental reduzido. Elas também são muito mais baratas de operar que as baseadas em lítio — menos de 1/10 do custo, segundo a empresa.

Embora sejam úteis para armazenamento em larga escala, elas também carregam e descarregam energia muito mais lentamente que as células de íons de lítio, o que não é ideal para smartphones ou carros elétricos. Também é difícil para os pesquisadores reduzirem o tamanho dessas baterias o suficiente para caber dentro desses dispositivos.