O Google tem implementado proteções adicionais contra desinformação em seus produtos com inteligência artificial (IA) generativa. A ideia é preparar a tecnologia para enfrentar o período das eleições presidenciais nos Estados Unidos. O pleito vai ocorrer no dia 5 de novembro.

Entre essas salvaguardas extras, estão: restrições na Pesquisa do Google, em resumos de IA no YouTube e na geração de imagens no Gemini. Aliás, o Gemini não responde perguntas com assuntos relacionados às eleições.

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Google restringe IA generativa por ser ‘tecnologia nova’ que erra

A IA generativa é uma tecnologia relativamente nova. E o Google reconhece que está sujeita a erros. Por isso, a big tech optou por restringir as funcionalidades. A ideia é diminuir a margem para disseminação de desinformação sobre o pleito.

Particularmente para as eleições federais e estaduais, nossos usuários dependem de nós para fornecer informações confiáveis e atualizadas sobre temas como candidatos atuais, processos de votação e resultados eleitorais – e essa nova tecnologia pode cometer erros à medida que aprende ou conforme surgem novas notícias.

Laurie Richardson, vice-presidente de confiança e segurança do Google, numa postagem no blog da empresa
Silhueta de pessoa usando celular com logotipo do Gemini ao fundo
Google restringe funcionalidades do Gemini na tentativa de antecipar problemas relacionados às eleições nos EUA (Imagem: rafares/Shutterstock)

Além disso, o Google informou que vai introduzir recursos na Busca e no YouTube para ajudar os eleitores a acessar informações confiáveis tanto sobre candidatos quanto sobre partidos. E também sobre onde e como votar.

A desinformação foi um problema significativo durante a eleição presidencial de 2020 nos EUA. Com o avanço da IA generativa, a desinformação durante o pleito de 2024 pode se tornar um problema ainda maior. Com as mudanças anunciadas recentemente, o Google tenta antecipar problemas, aponta o site TechCrunch.

Leia mais:

Gemini agora cria IA personalizada e imagens mais realistas

O Gemini recebe dois novos recursos: o Gems e o novo modelo de geração de imagens Imagen 3, ambos apresentados durante a última edição do Google I/O, em maio.

Pessoa teclando em notebook com página sobre a era Gemini do Google aberta num navegador
Gemini vai ser capaz de criar assistentes de IA e imagens mais realistas (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

As Gems são “versões personalizadas de Gemini” que o usuário pode criar para diferentes fins, como um assistente de IA especialista em revisar códigos de programação, por exemplo.

Já o Imagen 3 é o modelo de geração de imagens mais recente do Google. Ele chega ao Gemini com “disponibilidade para usuários em todos os idiomas”, segundo a big tech.