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É por isso que algumas estátuas romanas não têm cabeça

Você já deve ter percebido que é bem comum encontrar rachaduras e pedaços faltando em estátuas romanas – em alguns casos, os monumentos podem até mesmo estar sem as cabeças! E ainda que não seja possível decifrar com certeza os motivos por trás disso em todos os casos, arqueólogos apontam possíveis hipóteses para alguns deles.

Entenda:

  • Se você já se deparou com estátuas romanas sem cabeça, saiba que isso tem algumas possíveis explicações;
  • Além de casos de queda, era bastante comum que os próprios romanos removessem as cabeças das estátuas de imperadores infames (prática conhecida como damnatio memoriae);
  • Também podemos relacionar as decapitações ao fato de que alguns escultores criavam, propositalmente, estátuas com cabeças removíveis;
  • Outra explicação é o simples lucro no mercado de antiguidades: ao separar a cabeça do corpo, negociantes de arte conseguem ganhar mais dinheiro ao vender dois itens separados;
  • Com informações do Live Science.
Falta de cabeça em estátuas nem sempre é causada por queda. (Imagem: kirill_makarov/Shutterstock)

Como explica Rachel Kousser, da Universidade da Cidade de Nova York, ao Live Science, a razão mais comum por trás do mistério da decapitação é o fato de que o pescoço é, naturalmente, um ponto fraco no corpo humano. Em casos de queda, essa parte costuma ser a primeira a quebrar.

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Estátuas sem cabeça podem pertencer a imperadores odiados

Kousser ainda destaca que nem sempre a falta de cabeça é acidental: era bastante comum que os próprios romanos destruíssem as estátuas em uma prática conhecida como damnatio memoriae (ou maldição da memória, na tradução para o português). O processo consistia em uma votação organizada pelo Senado para apagar registros de imperadores infames, confiscando suas propriedades e desfigurando retratos e estátuas em sua homenagem.

Estátuas de imperadores odiados eram “decapitadas” em Roma. (Imagem: ded pixto/Shutterstock)

Existe, ainda, uma terceira explicação. Como complementa Kenneth Lapatin, do Museu J. Paul Getty, era comum que os escultores romanos criassem estátuas com cabeças removíveis. O “truque” possibilitava o uso de diferentes materiais no corpo e no rosto, além de diferentes artistas colaborando em uma só estátua e até uma possível substituição da cabeça no futuro.

Por fim, a hipótese mais rara – e provavelmente a mais trágica – é o simples lucro no mercado de antiguidades. Isso porque, ao separar a cabeça do corpo por conta própria, negociantes de arte conseguem vender dois itens separados e, assim, ganhar mais dinheiro.

Esta post foi modificado pela última vez em 28 de agosto de 2024 15:15

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Publicado por
Ana Julia Pilato