O Ministério da Defesa do Japão afirmou que pretende investir de forma pesada em inteligência artificial. O objetivo é usar a tecnologia para superar o desafio criado pela falta de novos recrutas para o exército do país. Além disso, a medida visa preparar os militares japoneses para um eventual conflito contra a China.

Novos alistamentos representam cerca da metade do necessário

  • A iniciativa do governo do Japão foi revelada após a recente divulgação de dados da chamada campanha anual de recrutamento das Forças de Autodefesa (SDF).
  • Neste ano, as autoridades do país receberam pouco mais de 10 mil inscrições, o que representa cerca de metade da meta.
  • A situação gera temor em função da escalada nas tensões na região.
  • A maior preocupação é em relação a um possível ataque da China contra Taiwan, o que acabaria arrastando os japoneses para uma guerra regional.
  • Dessa forma, Tóquio duplicou os investimentos com defesa desde 2022.
  • Com o problema criado pela falta de soldados, no entanto, a saída foi investir na IA.
  • As informações são da Reuters.
Exército do Japão enfrenta crise de novos recrutas (Imagem: YMZK-Photo/Shutterstock)

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IA pode ser saída para liberar soldados para outras funções

De acordo com o Ministério da Defesa do Japão, é preciso construir uma organização que seja capaz de lutar de novas maneiras. Para isso, o orçamento mais recente divulgado prevê um aumento de gastos no setor de 6,9%.

Para superar o problema dos recrutas, o governo afirmou que fará grandes investimentos em inteligência artificial. A ideia é criar um sistema de vigilância de IA que garanta a segurança de bases militares.

Marinha do Japão deve contar com novos investimentos (Imagem: yanchi1984/Shutterstock)

Além disso, as autoridades japonesas querem comprar mais drones não tripulados e três navios de guerra de defesa aérea totalmente automatizados. Estas embarcações exigem apenas 90 marinheiros para operá-las, menos da metade da tripulação dos navios atuais.

Para liberar mais tropas para a linha de frente, o exército também quer terceirizar algumas operações de treinamento e apoio a ex-membros das forças armadas. Além disso, planeja oferecer incentivos financeiros e melhores condições para novos recrutas, em especial mulheres.