Mais uma polêmica envolvendo o X (antigo Twitter). A rede social de Elon Musk afirmou que a esposa de um vereador do Partido Conservador do Reino Unido condenada pela justiça britânica por incitar a violência e o racismo em uma postagem não violou as regras da plataforma.
Post defendia que hotéis que abrigam refugiados fossem incendiados
- Lucy Connolly trabalha como babá na cidade inglesa de Northampton e confessou à Justiça ter publicado uma mensagem nas redes sociais em que pedia que hotéis que abrigam refugiados fossem incendiados.
- A mulher de 41 anos é esposa de Raymond Connolly, vereador em West Northamptonshire, e fez a postagem no dia 29 de julho.
- “Se isso me torna racista, que assim seja”, escreveu ela.
- O post, agora excluído, foi feito no momento em que protestos violentos anti-imigração e racistas eclodiram em diversas partes do Reino Unido.
- Grupos de extrema-direita arremessaram tijolos, bombas de fumaça e outros projéteis contra a polícia, e solicitantes de asilo foram alvo de ataques em hotéis.
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Postagem chegou a ser denunciada por outros usuários do X
Poucos dias após a postagem de Connolly, um usuário do X que preferiu não ser identificado disse ter denunciado o conteúdo do post. A denúncia, no entanto, foi rejeitada pela rede social.
A resposta enviada pelo antigo Twitter diz que: “Após analisar as informações disponíveis, gostaríamos de informar que nossos sistemas automatizados descobriram que [a conta de Connolly] não violou nossas regras contra a publicação de ameaças violentas”.
O usuário disse ter ficado chocado com a decisão da plataforma, que teria ignorado uma clara violação das regras de conduta, se opondo inclusive à lei do Reino Unido. Ele ainda afirmou que já havia denunciado outras mensagens preocupantes na plataforma e recebido respostas semelhantes. “Agora desisti de denunciar, pois sempre recebo a resposta ‘sem violação’, apesar das violações claras”, acrescentou.
As regras do X proíbem qualquer tipo de ameaça de danos físicos, o que inclui “ameaçar matar, torturar, agredir sexualmente ou machucar alguém de outra forma”. A plataforma não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. As informações são do G1.
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