Um simples exame de sangue desenvolvido na Universidade de Lund, Suécia, pode substituir métodos caros e invasivos para diagnosticar a doença de Alzheimer. Além disso, a metodologia ainda possibilitaria uma detecção mais rápida e acessível, permitindo que mais pacientes com o quadro começassem o tratamento já nos estágios iniciais.

Entenda:

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  • Um novo exame de sangue desenvolvido na Suécia pode substituir métodos invasivos para diagnosticar o Alzheimer;
  • O teste também permitiria detectar a doença de forma mais rápida, possibilitando que mais pacientes iniciassem o tratamento nos estágios iniciais;
  • Atualmente, o diagnóstico de Alzheimer inclui métodos como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, e a análise do líquido cefalorraquidiano (LCR );
  • Técnicas como a da Suécia já são estudadas há anos, mas essa é, até agora, a mais precisa;
  • Com informações do Medical Xpress.
frasco com sangue para exame de Alzheimer
Exames de sangue possibilitam tratamento de Alzheimer em estágios iniciais. (Imagem: Joel Bubble Ben/iStock)

Atualmente, o diagnóstico de Alzheimer é feito com uma extensa bateria de exames que inclui, principalmente, os métodos de tomografia computadorizada ou ressonância magnética, e a análise do líquido cefalorraquidiano (LCR ), que envolve a coleta de líquido através de punção lombar.

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Exame de sangue pode substituir detecção invasiva do Alzheimer

Em uma entrevista para o Medical Express, Soeren Mattke, diretor do Brain Health Observatory da USC Dornsife, na Califórnia, falou sobre os estudos voltados à substituição dos atuais métodos de detecção do Alzheimer pelos exames de sangue — como o descrito no estudo de Lund.

Exame de sangue da Suécia pode substituir métodos invasivos de detecção de Alzheimer. (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

Ele destaca que, apesar de a técnica já estar sendo desenvolvida há alguns anos, o teste da Suécia é – até agora – o com maiores taxas de precisão. Os demais métodos existentes até podem ser utilizados para triagem, mas, ainda que reduzam o número de exames invasivos, não os eliminam completamente.

“Com um exame de sangue altamente preciso, você pode encurtar os tempos de espera para diagnóstico de forma bastante drástica. Isso é muito importante porque quanto mais tempo um médico tem que esperar pelo diagnóstico definitivo de um paciente, mais tempo é perdido antes que os pacientes possam começar o tratamento”, diz Mattke.

Como o exame de sangue para diagnosticar Alzheimer funciona?

O teste, chamado APS2 (score de probabilidade amiloide 2), teve 91% de precisão no diagnóstico de Alzheimer em pessoas com declínio cognitivo leve ou demência precoce, em comparação com a taxa de sucesso de 61% dos médicos de atenção primária que examinaram os mesmos pacientes.

Ele se baseia nos níveis sanguíneos relativos de dois tipos de proteínas cujo acúmulo no cérebro tem sido uma característica marcante do Alzheimer: “emaranhados” de Tau e “placas” amiloides.