Milhares de tubarões-brancos migram todos os anos da costa da Califórnia, nos Estados Unidos, para um ponto de encontro misterioso. O chamado White Shark Café é uma área remota do meio do Oceano Pacífico conhecida por ser um habitat de inverno e primavera destes animais.

Local abriga um oásis oceânico

  • Por muito tempo, esta região foi considerada um deserto oceânico, abrigando poucos sinais de vida.
  • Dessa forma, ninguém sabia ao certo porque os tubarões viajavam para lá.
  • Estudos chegaram a apontar que os animais costumam mergulhar até pontos mais profundos do que o normal, cerca de 450 metros abaixo da superfície, quando estão no White Shark Café.
  • Foi apenas em 2018 que parte deste mistério começou a ser resolvido.
  • Pesquisadores descobriram que, ao contrário de um deserto aquático, o local abriga um oásis oceânico.
  • As informações são do Live Science.
Tubarão-branco realiza uma viagem de um mês até o local misterioso (Imagem: wildestanimal/Shutterstock)

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Comportamentos dos animais ainda são um mistério

Durante os estudos feitos na região, camadas profundas de algas microscópicas e ricas comunidades de animais marinhos foram encontradas. De acordo com os pesquisadores, mais de 100 espécies de peixes e lulas de águas profundas habitam aquele local.

No entanto, os cientistas ainda não sabiam o que levava os tubarões a deixar a costa da Flórida, que também é abundante em comida e recursos. Por isso, outra hipótese foi levantada, sugerindo que a resposta para esta pergunta poderia não ter relação com a alimentação.

Diversas análises já foram feitas na região, mas muitos mistérios continuam (Imagem: LuckyStep/Shutterstock)

Na mesma pesquisa foram identificados padrões de mergulho para cima e para baixo na coluna d’água. Embora isso possa indicar que os tubarões-brancos estavam perseguindo suas presas, alguns estudiosos defendem que isso seria um sinal de um possível comportamento de acasalamento.

As análises mostraram que os tubarões machos aumentaram sua atividade de mergulho no mês de abril, mergulhando até 140 vezes por dia. Por sua vez, os hábitos das fêmeas permaneceram os mesmos, refutando a teoria.

A única certeza dos cientistas é que esta questão ainda não tem uma resposta clara e que novos estudos são necessários para tentar desvendar a motivação deste padrão de comportamento. E, claro, quem sabe encontrar mais algum mistério do White Shark Café.