O projeto WindFloat Atlantic, o primeiro parque eólico offshore flutuante semissubmergível do mundo, situado na costa de Portugal e composto por três turbinas, superou as expectativas em seus quatro anos de operação.

Desde sua inauguração em 2020, o parque gerou 320 GWh de eletricidade, suficiente para abastecer aproximadamente 25 mil residências anualmente.

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O parque é totalmente integrado à rede e é composto por três plataformas flutuantes, cada uma equipada com uma turbina de 8,4 MW. Essas plataformas são ancoradas ao fundo do mar, a uma profundidade de 100 metros, por correntes que evitam o deslocamento e estão conectadas a uma subestação em Viana do Castelo, Portugal, por um cabo de 20 km.

Em 2022, o projeto produziu 78 GWh, e em 2023, essa produção aumentou para 80 GWh. As turbinas da Vestas usadas no WindFloat Atlantic têm um diâmetro de 164 metros, com as lâminas girando a 373 km/h, e geram 66.000 volts CC. A nacela pesa 375 toneladas, fazendo dela a maior turbina eólica offshore do mundo.

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O parque eólico semissubmergível ultrapassa os 200 metros de altura – Imagem: Divulgação/WindFloat

Detalhes da instalação flutuante

  • Os parques eólicos flutuantes semissubmergíveis têm a vantagem de poderem ser instalados em águas muito profundas, onde turbinas fixas no fundo não são viáveis, já que estas últimas só são adequadas para profundidades de cerca de 50-60 metros.
  • Além disso, os ventos em águas mais profundas tendem a ser mais fortes e constantes, aumentando a eficiência das turbinas.
  • A estabilidade adicional proporcionada pelas plataformas flutuantes, com sistemas de lastro ativos, permite que elas operem de forma eficiente mesmo em mares agitados.

Entre 2011 e 2016, um protótipo de 2 MW (megawatts) do WindFloat Atlantic foi testado no mar, operando de forma contínua por cinco anos e resistindo a condições extremas, como ventos de 111 km/h e ondas de 17 metros, o que possibilitou a instalação em larga escala de 25 MW.

Em 2023, o WindFloat Atlantic demonstrou sua robustez ao suportar uma tempestade com ventos de 139 km/h e ondas de 20 metros, comprovando a eficácia e durabilidade do sistema de geração de eletricidade offshore.

Instalação em Portugal vem estabelecendo novos padrões para a energia eólica flutuante – Imagem: Divulgação/WindFloat