Novos smartphones estão avançando rapidamente na integração de inteligência artificial (IA), e com isso, a dependência no processamento em nuvem vem diminuindo, conforme cita um artigo do site The Conversation.

Por exemplo, ao analisarmos o Google Pixel 9 e o Samsung Galaxy S24, vemos que ambos os modelos oferecem recursos inovadores de edição de fotos alimentados por IA, demonstrando como a tecnologia evoluiu para trazer funcionalidades sofisticadas diretamente para a palma da mão.

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O Google Pixel 9, inclui o recurso Magic Editor, que permite aos usuários “reimaginar” suas fotos usando IA generativa. Isso significa que os usuários podem reposicionar o assunto da foto, remover elementos indesejados do fundo ou transformar um céu cinza em azul com apenas alguns comandos.

A tecnologia também possibilita adicionar pessoas ou objetos às imagens com base em descrições textuais, algo que antes exigia habilidades avançadas em software de edição para obter resultados naturais.

Outros recursos do Pixel 9 incluem o “Add Me”, que facilita a inclusão do usuário em fotos de grupo sem precisar passar o telefone a outra pessoa. O usuário tira uma foto do grupo e, em seguida, pede a um amigo para posar no mesmo local para completar a imagem.

Além disso, o “Best Take” permite combinar os melhores elementos de várias imagens semelhantes em uma única foto, aprimorando a qualidade geral da imagem final.

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Edições de fotos complexas já são possíveis na palma da mão – Imagem: Wongsakorn Napaeng/Shutterstock

Edições de fotos nos dispositivos móveis ganharam força

  • Historicamente, a IA para essas funções exigia processamento em nuvem, devido à sua complexidade e demanda de recursos.
  • No entanto, há uma mudança significativa em direção ao processamento local, ou “edge”, que permite que muitos desses cálculos intensivos sejam realizados diretamente no dispositivo.
  • Isso é possível graças aos processadores especializados, como as unidades de processamento tensor (TPUs) desenvolvidas pelo Google.

Essas TPUs, inicialmente projetadas para acelerar cálculos em servidores de nuvem durante o treinamento de modelos de IA, foram adaptadas para dispositivos móveis a partir de 2018, com as primeiras TPUs para smartphones surgindo no Google Pixel em 2021.

Esses processadores utilizam matrizes sistólicas para processar grandes volumes de dados simultaneamente, economizando energia e otimizando o tempo de computação, essencial para lidar com as demandas de IA.

Com o crescente interesse e competição para integrar IA em smartphones, é provável que continuemos a ver inovações tecnológicas ainda mais avançadas nos próximos anos, à medida que as empresas buscam oferecer novas e impressionantes funcionalidades para os usuários.

Pessoa segurando e mostrando a parte traseira de um celular Pixel 8 Pro do Google
O Google Pixel 9 é um dos smartphones que possui diversos recursos de IA avançados para editar fotos (Imagem: Gabo_Arts/Shutterstock)