Além de provavelmente conter muito mais metano do que pensávamos, existem algumas singularidades sobre Urano. Por exemplo, o que fez com que este planeta tão distante ficasse tão estranhamente inclinado?

Grande inclinação provoca condições extremas no planeta

  • O planeta Urano provavelmente se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando a gravidade fez com que poeira e gás se aglomerassem.
  • Os cientistas acreditam que esse gigante de gelo tenha sido formado mais perto do Sol, onde esse material protoplanetário era mais denso, antes de migrar para sua posição atual.
  • Mas a maior curiosidade sobre ele é em relação a sua inclinação: 97,77 graus no seu eixo de rotação.
  • Isso faz com que Urano gire de lado, como se fosse uma bola rolando numa superfície. 
  • Essa inclinação é muito maior do que a da Terra, que é de cerca de 23 graus.
  • Esta condição diferenciada faz com que o planeta tenha as estações mais extremas do sistema solar.
  • O Sol só brilha diretamente sobre um dos polos, mergulhando a outra metade em um inverno rigoroso que dura 21 anos.
  • As informações são do IFLScience.
Inclinação faz Urano girar de lado (Imagem: Buradaki/Shutterstock)

Leia mais

publicidade

O que causou tamanha inclinação?

De acordo com as mais recentes pesquisas sobre o assunto, a inclinação do planeta pode ser o resultado de uma colisão com um objeto com aproximadamente o dobro do tamanho da Terra há muito tempo. O impacto teria sido gigantesco, fazendo com que Urano assumisse a atual configuração.

Esta é a principal teoria sobre a inclinação do gigante gelado, mas há poucas evidências de como isso realmente aconteceu. Especialistas defendem que apenas um estudo aprofundado sobre o planeta pode revelar a verdade.

Planeta esconde diversos mistérios (Imagem: IncrediVFX/istockphoto)

Como não existem certezas, outra possibilidade também foi levantada. Ela aponta que a inclinação não é resultado de nenhuma colisão do passado.

A ideia desta teoria é a de que Netuno tivesse uma grande lua que lentamente “empurrou” o planeta para sua inclinação atual à medida que se afastava. Para isso, o satélite natural teria que ter apenas cerca de um milésimo da massa do próprio planeta.