A descoberta de uma escultura feita em pedra pode retratar o início do processo de conversão de habitantes da Alemanha ao cristianismo no século XII. Segundo pesquisadores, o objeto apresenta a imagem do que seria um bispo cristão que visitou a região há cerca de 800 anos.

Este tipo de objeto é considerado bastante raro

  • A descoberta é considerada de extrema importância pelos historiadores.
  • Eles explicam que apenas outros 20 objetos semelhantes foram encontrados na região até hoje.
  • Conhecidas em alemão como “bildstein”, essas pedras foram encontradas ao longo da costa do Báltico em partes do que hoje é a Alemanha e a Polônia.
  • Embora variem em estilo e forma, elas normalmente mostram pessoas com alguns atributos.
  • Embora não se saiba qual o real propósito destas pedras, acredita-se que elas servissem como um tipo de lembrança de um indivíduo e algumas podem ter sido lápides.
  • As informações são do Live Science.
Relicário em formato de cruz encontrado na Polônia
Cristianismo se difundiu na região nos anos posteriores (Imagem: Instituto de Arqueologia da Universidade de Lodz)

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Pedra apresenta imagem de bispo cristão do século XII

De acordo com pesquisadores, a escultura recém-descoberta pode retratar Otto de Bamberg, um bispo que viveu de 1060 a 1139. Ele teria servido à realeza e desempenhado o papel de missionário para converter os habitantes da Pomerânia, atual região que compreende partes da Alemanha e da Polônia.

A chegada de Otto representa o início do processo de cristianização do local. Por isso, a pedra, que apresenta o desenho de uma cruz, tem um grande valor histórico.

O objeto foi encontrado no mês de agosto deste ano durante obras em uma casa na região. A pedra tem um metro de comprimento e, com base na decoração e nos símbolos da escultura em granito, data do século XII.

Visita de bispo marcou o início da cristianização da região (Imagem: Nuttapong punna/Shutterstock)

Ela mostra uma “pessoa em pé, vestida com uma espécie de chapéu, um manto curto e talvez sapatos. Na mão direita, a pessoa está carregando algo que se parece com uma bandeira. O rosto não é retratado em detalhes, mas os olhos são claramente visíveis”, destaca a equipe.

A pedra continua passando por análises e, assim que o processo for concluído, a ideia é colocá-la em exibição em um museu local.