Pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e do Museu Nacional da Escócia revelaram uma impressionante história por trás de um pote de prata da era viking. Segundo os estudiosos, o objeto teria dado meia volta ao mundo há mais de mil anos.

Origem do objeto remonta ao Oriente Médio

  • A relíquia é parte do Galloway Hoard, a maior coleção de objetos vikings já encontrada no Reino Unido e na Irlanda. 
  • Estima-se que os tesouros tenham sido enterrados no ano 900 e lá permanecido por mais de um milênio até serem descobertos.
  • O pote de prata em si é extremamente caro, coberto por designs de corvos, altares de fogos e criaturas como leopardos e tigres. 
  • Um estudo aponta que a simbologia pertence ao Zoroastrismo, a religião do Império Sassânida (que durou por quatro séculos entre 224 d.C. e 651 d.C.).
  • As análises ainda confirmaram que a prata veio de uma mina localizada no que hoje é o território do Irã. 
  • Dessa forma, o objeto teria cruzado o Oriente Médio e foi parar em uma Escócia comandada por vikings no século IX.
Pote de prata da era viking (Imagem: Museu Nacional da Escócia)

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Objeto fornece detalhes sobre a rede de comércio viking

De acordo com a equipe responsável pela descoberta, a principal suspeita é que o pote tivesse como origem algum ponto do centro ou do oeste da Ásia. No entanto, amostras dos contornos da peça revelaram sua verdadeira origem.

A análise do elemento usando fluorescência de raio-X portátil revelou que o pote era de uma liga de prata e relativamente puro cobre, o que é típico da prata sassânida, mas não está presente na prata europeia contemporânea. Além disso, os isótopos de chumbo correspondem a minérios do Irã.

Objeto foi produzido com prata proveniente de mina no Oriente Médio (Imagem: Museu Nacional da Escócia)

Até o momento, os estudiosos envolvidos no projeto do Museu Nacional da Escócia não determinaram quem poderia ter enterrado o tesouro, que combina itens vikings, cruzes e outros objetos cristãos, além destes achados do Oriente Médio. 

No entanto, eles acreditam que, seja lá o que aconteceu ao conjunto, “vai além do estereótipo comum dos saqueadores vikings” e pode oferecer pistas no futuro de como conviviam os invasores, os escoceses de então e quais eram suas conexões com o mundo conhecido. As informações são do UOL.