Pesquisadores da Escócia e da China construíram bilhões de nanorrobôs magnéticos que podem ser usados para tratar aneurismas no cérebro. Com cerca de um vigésimo do tamanho de um glóbulo vermelho humano, cada um dos minúsculos dispositivos é composto por medicamentos coagulantes, podendo substituir a necessidade de procedimentos cirúrgicos.

Entenda:

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  • Pesquisadores de um novo estudo criaram bilhões de nanorrobôs magnéticos para combater aneurismas cerebrais;
  • Os minúsculos bots são revestidos com medicamentos coagulantes e, após serem inseridos na corrente sanguínea, são levados com ímãs e tecnologia de imagem para dentro do aneurisma;
  • Lá, os nanobots são aquecidos para ativar a liberação dos coagulantes, prevenindo ou interrompendo o sangramento do aneurisma;
  • A equipe agora busca adaptar a técnica para que ela possa ser usada em testes com humanos.
Nanorrobôs combatem aneurismas cerebrais. (Imagem: Jianrong Wu)

Os aneurismas podem ser fatais ou deixar sequelas neurológicas permanentes, e seu tratamento costuma envolver a realização de uma cirurgia que pode ser realizada com uma clipagem no cérebro ou com a inserção de cateteres por via endovascular para fechar e isolar o aneurisma.

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Em um estudo publicado no periódico Small, a equipe descreve testes em que os nanorrobôs foram injetados na artéria de um coelho, contando com ímãs e tecnologia de imagem para agrupá-los dentro de um aneurisma cerebral. Em seguida, os pequenos bots foram aquecidos para ativar a liberação do medicamento coagulante e prevenir ou interromper o sangramento do aneurisma.

Tecnologia de nanorrobôs para aneurisma cerebral pode ajudar a tratar outros quadros médicos. (Imagem: nepool/Shutterstock)

“Os nanorrobôs estão prontos para abrir novas fronteiras na medicina, potencialmente permitindo realizar reparos cirúrgicos com menos riscos do que tratamentos convencionais e atingir medicamentos com extrema precisão em partes do corpo de difícil acesso”, explicou Qi Zhou, colíder do estudo, em comunicado.

Os pesquisadores destacam que a técnica também pode ser usada em outros procedimentos médicos que demandam a administração precisa de medicamentos. Agora, a equipe se dedica a evoluir a tecnologia para adaptá-la a testes em humanos.