Um peixe de 50 milhões de anos descoberto por cientistas há dois séculos tem se mostrado um enigma indecifrável. Até hoje, sua origem permanece um grande mistério – que, aparentemente, acaba de ficar ainda mais longe de ser solucionado: uma nova análise de dois fósseis da espécie provou que todas as teorias previamente apresentadas sobre o peixe estão erradas.

Entenda:

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  • Uma nova análise de fósseis de um peixe de 50 milhões de anos refutou tudo o que se acreditava saber sobre as origens da espécie;
  • O mistério já permanece em aberto há 200 anos, e pesquisadores de um novo estudo sugerem que hipóteses anteriores sobre o peixe estão incorretas;
  • A nova pesquisa aponta que o peixe pode fazer parte do grupo Acanthomorpha;
  • Os cientistas também sugeriram um novo nome de gênero, mas ele só será divulgado após a publicação do estudo – que ainda será revisado por pares.
Um dos fósseis do P. volans. (Imagem: Donald Davesne/Museu Nacional de História Natural de Paris)

A hipótese foi apresentada em um artigo de pré-impressão que ainda deve ser revisado por pares, e não apenas aponta que as origens do peixe permanecem em aberto, mas também sugere novos insights sobre a espécie – incluindo um novo nome de gênero, já que a atual denominação Pegasus volans veio de uma possível relação (agora contestada) com a mariposa marinha Pegasus volitans.

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Com base na análise dos fósseis, o novo estudo também refutou a hipótese de que o peixe faria parte dos Lampriformes – que incluem espécies como os peixes-remo e peixes-fita. “Sabemos o que não é, mas não está claro o que poderia ser”, disse Donald Davesne, do Museu Nacional de História Natural de Paris, ao Science News.

Teoria anterior relacionava o P. volans aos peixes-remo. (Imagem: Pavaphon Supanantananont/Shutterstock)

Os únicos dois espécimes fossilizados descobertos até então não possuem a parte traseira do peixe, e a equipe destaca que encontrar um novo corpo intacto seria vital para acabar de uma vez por todas com o mistério acerca de sua identidade.

Os pesquisadores acreditam que a espécie faça parte do grupo Acanthomorpha, e sugeriram um novo nome de gênero com base nas novas descobertas. Os autores revelaram que a nova denominação foi inspirada por um músico falecido, mas ela não será divulgada até a publicação do estudo.