A conquista de territórios sempre fez parte da história das civilizações humanas. Para isso, era fundamental ter uma noção do mundo que estava a sua volta. O exemplo mais antigo de um mapa com a representação do globo data aproximadamente do século VI a.C. e foi criado pelos babilônios, povo que habitou a região da Mesopotâmia, atual Iraque, entre os séculos XVIII e VI a.C.

A Babilônia é o centro de tudo

  • A tábua de argila inscrita com o mapa mais antigo conhecido do mundo antigo é chamada de Mapa do Mundo Babilônico e foi descoberta em Abu Habba (Sippar), uma antiga cidade babilônica.
  • O objeto retrata como aquela civilização percebia o mundo há milhares de anos.
  • Por exemplo, o mundo antigo é mostrado como um disco singular, que é circundado por um anel de água chamado Rio Amargo.
  • No centro do mundo fica o rio Eufrates e a antiga cidade mesopotâmica da Babilônia.
  • Rótulos escritos em cuneiforme, um texto antigo, indicam cada local no mapa.
Tabuleta com mapa babilônico do mundo
Tabuleta babilônica tem mapa circular ao lado de textos escritos em cuneiforme (Imagem: Reprodução/Enciclopédia Britânica)

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Texto descreve a criação do mundo

Segundo historiadores, os cartógrafos da época podem ter usado alguma licença criativa durante a criação do mapa. Isso porque a Babilônia está marcada em apenas uma extremidade do rio Eufrates, embora tenha ocupado ambas as margens durante a maior parte de sua história.

Acima do mapa está um bloco de texto descrevendo a criação do mundo por Marduk, o principal deus da Babilônia. A descrição nomeia mais de uma dúzia de animais, incluindo uma cabra montesa, leão, leopardo, hiena e lobo.

Tabuleta com mapa babilônico do mundo
Mapa do Mundo Babilônico foi descoberto em ruínas de cidade da antiguidade (Imagem: Reprodução/Museu Britânico)

Vários governantes notáveis também são citados. É o caso de Utnapishtim, um rei que sobreviveu a um dilúvio épico (episódio bastante semelhante ao retratado séculos depois pela Bíblia).

No verso do mapa ainda são descritas oito regiões periféricas, conhecidas como nagu. A tábua, que mede 12,2 centímetros de altura por 8,2 centímetros de largura, faz parte da coleção permanente do Museu Britânico. As informações são do Live Science.