O Bluesky anunciou, nesta quarta-feira, 11 de setembro, a adição de uma funcionalidade amplamente aguardada: o compartilhamento de vídeos na plataforma. O novo recurso permite que os usuários publiquem e assistam vídeos diretamente no aplicativo, marcando um avanço significativo na experiência oferecida pela rede social.

Com a atualização para a versão 1.91 do aplicativo móvel ou a atualização do desktop, os usuários agora podem compartilhar vídeos que tenham até 60 segundos de duração. A plataforma permite a reprodução automática dos vídeos por padrão, mas essa função pode ser desativada nas configurações do app. Cada postagem pode conter um único vídeo e os usuários têm a opção de adicionar legendas aos seus vídeos.

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A capacidade de upload foi inicialmente estabelecida em 25 vídeos ou 10 GB por dia, com a possibilidade de ajustes futuros. Para prevenir spam e abusos, o Bluesky exige que o e-mail do usuário seja verificado antes do upload de vídeos. A empresa também introduziu ferramentas de segurança para ajudar na moderação dos conteúdos.

Lançamento gradual do vídeo no Bluesky

A versão 1.91 do aplicativo Bluesky já permite que os usuários assistam a vídeos, mas o lançamento da funcionalidade para postar vídeos será gradual. A rede social destacou que a decisão de liberar a nova função de forma escalonada visa garantir uma transição suave e evitar possíveis problemas técnicos. A recomendação da empresa é que os usuários mantenham o app sempre atualizado.

Bluesky now has video! Update your app to version 1.91 or refresh on desktop! We’ve begun gradually rolling out the ability to post video. Thanks for your patience! Estamos gradualmente implementando a capacidade de postar vídeos. Obrigado pela sua paciência!

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— Bluesky (@bsky.app) September 11, 2024 at 2:11 PM

Medidas de segurança e moderação

A nova funcionalidade inclui várias medidas de segurança para garantir um ambiente seguro para os usuários. Vídeos enviados são analisados por ferramentas como Hive e Thorn para identificar conteúdos que necessitam de aviso ou que devem ser removidos, como material ilegal. A plataforma permite a aplicação de rótulos aos vídeos, como para conteúdos adultos, e também facilita a denúncia de postagens problemáticas.

Os vídeos são deletados imediatamente quando um post é removido, e todos os dados relacionados são completamente excluídos da infraestrutura do Bluesky em breve após a exclusão. Além disso, usuários que repetidamente violarem as diretrizes da comunidade com conteúdos de vídeo podem ter sua capacidade de upload suspensa.

Tela de login do Bluesky
Bluesky focou em medidas de segurança no lançamento da nova atualização que inclui vídeos na plataforma. (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

Melhorias adicionais na atualização

Além do suporte a vídeos, a versão 1.91 inclui melhorias na funcionalidade geral da plataforma. Os usuários agora podem denunciar conteúdos enganosos, e melhorias na tradução e correção de bugs foram implementadas para aprimorar a performance do app.

Leia mais:

Aumento de usuários brasileiros no Bluesky após o bloqueio do X

  • Desde o bloqueio da rede social X (antigo Twitter) no Brasil, o Bluesky registrou um grande aumento de usuários no país.
  • Em um post publicado no blog da empresa em 4 de setembro, foi revelado que mais de 2,6 milhões de novos usuários se cadastraram na plataforma, com cerca de 85% desse total vindo do Brasil.
  • O post foi inclusive publicado em português, o que tem sido comum desde o bloqueio do X.
  • A plataforma já ultrapassou a marca de 9 milhões de usuários globais, impulsionada em grande parte pelos usuários brasileiros.
  • Esse crescimento acelerado reflete o interesse dos brasileiros por uma alternativa às redes sociais tradicionais.
  • O Bluesky destacou que a comunidade brasileira está aproveitando o controle oferecido pela plataforma, com interações mais qualificadas e personalizadas, além de maior liberdade no uso de feeds customizados e moderação de conteúdo.
logo do bluesky na frente da bandeira do brasil
Bluesky caiu nas graças dos usuários brasileiros após bloqueio do X no país. (Imagem: Ana Luiza Figueiredo / Olhar Digital)