Uma operação policial que prendeu um médico em Santa Catarina foi motivada por um alerta emitido pelo Google. A plataforma bloqueou a conta do usuário após identificar o armazenamento de 13 mil imagens de exploração sexual infantil. O caso foi reportado às autoridades e o CyberGaeco, força-tarefa do Ministério Público, deteve o homem após investigação.

Importância da cooperação de empresas de tecnologia

  • Segundo o MP, as autoridades brasileiras dificilmente chegariam ao médico se não fosse o alerta enviado pelo Google.
  • As investigações ainda apontaram que o homem fazia gravações clandestinas de pacientes nuas durante os atendimentos.
  • O promotor que atuou no caso, Diego Barbiero, que também é coordenador do CyberGaeco, afirmou que o caso demonstra a complexidade das investigações que envolvem a internet.
  • Ao mesmo tempo, mostra como é possível frear esses crimes com auxílio das empresas que atuam no mundo virtual.
  • As informações são do G1.
Denúncia do Google foi encaminhada para a polícia (Imagem: rafaelnlins/Shutterstock)

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Como o Google identifica conteúdos ilegais

O Ministério Público explica que o Google não tem autorização para realizar qualquer tipo de investigação. O que a empresa faz é detectar conteúdos que são flagrantemente contrários à sua política, reportando esses casos às autoridades.

Essa identificação é feita usando inteligência artificial para monitorar possíveis atividade ilegais de usuários. Em 2021, a empresa reportou 3 milhões conteúdos de abuso sexual. Entre julho e dezembro de 2023, segundo o relatório de transparência da empresa, 249 mil contas foram desativadas no mundo todo por conta da propagação dos conteúdos de abuso sexual infantil.

Mão segurando smartphone que está mostrando o logo do Google
Big tech usa sistema para rastrear comportamentos ilegais de usuários (Imagem: rafapress/Shutterstock)

Todos os conteúdos de abuso sexual infantil on-line identificados pelo Google são denunciados ao Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas. A entidade é uma agência centralizadora de denúncias que opera nos Estados Unidos desde 2008.

O órgão tem como responsabilidade repassar informações sobre os crimes aos órgãos de investigação por todo o mundo. Entre as ferramentas de combate, a empresa também conta com colaboração global, detecção de conteúdos, denúncia e prevenção de abusos.