De São Paulo a Brasília com uma carga: bateria pode revolucionar os elétricos

Segundo a Mercedes-Benz, a bateria é mais segura e sustentável, além de aumentar o desempenho da próxima geração de carros elétricos
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 13/09/2024 10h34, atualizada em 16/09/2024 21h01
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As baterias de eletrólito sólido são uma grande esperança para o mercado automotivo. Elas prometem melhorias significativas em aspectos como densidade de energia e tempos de carregamento. Além disso, poderiam tornar os custos de produção menores. Por isso, diversas empresas têm trabalhado no desenvolvimento destes produtos. Entre elas, está a Mercedes-Benz.

Bateria possibilita rodar mais de 1.000 km

A empresa anunciou que conseguiu desenvolver a bateria eletro-sólida Solstice, que promete “revolucionar a segurança, o desempenho e a sustentabilidade da próxima geração de veículos elétricos”. Os trabalhos contaram com a colaboração da Factorial Energy.

Segundo a Mercedes-Benz, a nova bateria oferece uma densidade energética de até 450 Wh/kg, o que deverá permitir à empresa aumentar a autonomia dos seus carros elétricos em até 80% em comparação aos seus modelos atuais, cuja autonomia vai dos 458 km no ciclo WLTP do EQA 300 4MATIC e os 816 km do EQS 450+. Isso significa que a nova bateria possibilita rodar mais de 1.000 km — mais ou menos a distância de São Paulo a Brasília.

Nova bateria para carros elétricos (Imagem: reprodução/Factorial Energy)

Ao mesmo tempo, a nova tecnologia pode reduzir significativamente o peso dos carros elétricos e aumentar a sua eficiência. Não foram informadas datas ou previsões de quando a nova bateria poderá estar disponível para instalação nos veículos. As informações são do InsideEVs.

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Tecnologia deve reduzir tempo de carregamento de elétricos (Imagem: Aliaksei Kaponia/Shutterstock)

Menor risco de incêndios e explosões

  • Quanto à segurança, a nova bateria à base de enxofre deve proporcionar maior estabilidade do que os eletrólitos líquidos inflamáveis ​​típicos.
  • O objetivo é atingir o nível 2 de segurança de acordo com a classificação das autoridades europeias.
  • Isso significa que, caso uma célula seja danificada, não há incêndio, chamas, explosões, fuga térmica ou reações exotérmicas.
  • Graças à sua estabilidade a altas temperaturas, o sistema de refrigeração pode ser simplificado, reduzindo o custo do veículo.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.