Imagem: Shutterstock/meeboonstudio
Um medicamento utilizado no tratamento de diabetes tipo 2 pode, no futuro, evitar que nosso cérebro envelheça rapidamente. Evidências de que a metformina, como é chamada, pode retardar o envelhecimento do cérebro já foram encontradas em pessoas que tomam o remédio, além de experimentos com vermes, moscas e roedores.
Agora, pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências encontraram mais provas disso em primatas.
O estudo acompanhou, durante 40 meses, um grupo de macacos comedores de caranguejo (Macaca fascicularis), machos com idade entre 13 e 16 anos (equivalente aos nossos 40 a 50 anos), que tomaram uma dose diária do medicamento. Os resultados foram divulgados na revista Cell.
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Na revista Nature, o novo estudo sobre os efeitos antienvelhecimento da metformina em macacos foi descrito como “o exame mais quantitativo e completo da ação da metformina que já vi além dos camundongos”, por Alex Soukas, do Hospital Geral de Massachusetts.
No entanto, vale lembrar que a pesquisa não analisou a mortalidade nem acompanhou os impactos de longo prazo após o tratamento. Além disso, a amostra não incluiu fêmeas, portanto não há certeza de que os efeitos seriam os mesmos no gênero oposto.
A ciência ainda não tem todas as respostas sobre como a metformina impacta os macacos e como pode afetar os humanos. No entanto, os pesquisadores acreditam que essa descoberta é um avanço importante para o desenvolvimento de tratamentos que combatam os efeitos do envelhecimento cerebral no futuro.
Inclusive, uma equipe chinesa, em parceria com uma empresa farmacêutica que fabrica metformina, já começou a testar o medicamento em humanos, com um estudo envolvendo 120 pessoas. Por enquanto, teremos que aguardar os próximos capítulos dessa jornada em busca de evitar que nossos cérebros envelheçam rápido demais.
Esta post foi modificado pela última vez em 20 de setembro de 2024 15:14