Volta do horário de verão geraria economia de até R$ 1,8 bilhão

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou um estudo ao governo federal defendendo a volta do horário de verão no Brasil
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Ignacio de Lima 24/09/2024 13h40
Homem na rua ajustando relógio por conta do horário de verão
Horário de verão estaria prestes a voltar após quase cinco anos (Imagem: Agência Brasil)
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As discussões sobre um possível retorno do horário de verão estão ganhando cada vez mais força no Brasil. Segundo um estudo recém-divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e apresentado ao governo federal, a medida poderia economizar até R$ 1,8 bilhão por ano.

Medida pode melhorar a eficiência do sistema energético brasileiro

O ONS destacou que a volta do horário de verão reduziria o uso das usinas termelétricas, que são mais caras. Essa redução, segundo o órgão, seria de cerca de 2 GW (gigawatts) nos horários de maior consumo de energia.

Postes de energia elétrica
Atraso nos relógios impactaria positivamente o abastecimento de energia no Brasil (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Operador Nacional do Sistema Elétrico ainda defende que o atraso nos relógios vai melhorar a eficiência do sistema energético brasileiro. Isso ocorreria principalmente no período entre 18h e 20h, quando a energia solar deixa de abastecer o sistema e aumenta o consumo nas residências do país.

Apesar do posicionamento do órgão, o governo federal ainda não deixou claro se vai voltar a adotar o horário de verão e nem mesmo quando isso poderia acontecer. As informações são do UOL.

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Brasileiros terão que atrasar os relógios em 1h caso a volta do horário de verão seja aprovada (Imagem: Zephyr_p/Shutterstock)

O que aconteceu com o horário de verão?

  • O horário de verão é uma prática adotada em diversos países ao redor do mundo.
  • Ela consiste em adiantar os relógios em uma hora durante determinados períodos do ano, geralmente nos meses mais quentes.
  • O objetivo principal dessa medida é aproveitar ao máximo a luz solar natural, especialmente durante as tardes, e reduzir consequentemente o consumo de energia elétrica.
  • No Brasil, ele foi adotado pela primeira vez em 1931.
  • No entanto, foi suspenso em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro.
  • Na época, o governo disse que a economia de energia já não justificava o adiantamento dos relógios em uma hora por conta de mudanças no padrão de consumo de energia e avanços tecnológicos.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.