Imagem: Luciano Santandreu/Shutterstock
O processo de dessalinização, que existe há séculos, tem tido sucesso limitado em fornecer água doce para a população. Conforme relata o EuroNews, a União Europeia (UE) está investigando como torná-lo uma solução viável para a escassez de água.
A dessalinização remove sal da água do mar para torná-la adequada para consumo e uso agrícola. É uma alternativa importante diante das secas causadas pelas mudanças climáticas, especialmente para alguns países do sul da UE.
Entretanto, as usinas de dessalinização são caras de construir e operar, além de demandarem muita energia.
Apesar das inovações que têm reduzido custos e impactos ambientais, esses sistemas podem prejudicar a vida marinha, pois a salmoura gerada pode afetar peixes e corais ao ser devolvida ao mar. Por isso, a dessalinização é vista como um “último recurso”, a ser utilizado após tentativas de reutilizar águas residuais e minimizar vazamentos.
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Atualmente, a dessalinização é amplamente utilizada na Espanha, Chipre e Portugal, com expansão na Grécia e Itália. Sem a reutilização de águas residuais e a dessalinização, algumas regiões da UE podem enfrentar dificuldades em atender à demanda por água.
A dessalinização é classificada como um investimento “verde”, mas sob rigorosos critérios ambientais. Deve utilizar energia renovável e minimizar a produção de salmoura.
Embora tenha desvantagens, como alto consumo de energia e manutenção, novas usinas só devem ser construídas após esforços para proteger o ciclo da água e garantir o uso eficiente desse recurso.
A dessalinização é regulamentada pela Taxonomia da UE, que classifica projetos como investimentos “verdes” sob condições ambientais rigorosas. Os projetos devem garantir o uso sustentável da água e minimizar impactos ambientais, alinhando-se com as metas de sustentabilidade da UE.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de outubro de 2024 14:54