Hoje é praticamente impossível fugir do contato com plásticos e produtos químicos associados. Um novo estudo realizado na Califórnia, nos Estados Unidos, aponta que a população da região está sendo exposta a níveis muito acima do recomendado, o que pode ser bastante prejudicial à saúde.
Substâncias podem aumentar o risco de câncer
- Segundo os pesquisadores, as pessoas estão expostas aos plastificantes, substâncias usadas para amolecer os plásticos e torná-los mais flexíveis.
- Embora nem todos sejam conhecidos por serem tóxicos, vários estão ligados a sérios problemas de saúde.
- Recentemente, a Legislatura do Estado da Califórnia decidiu proibir o uso de um desses compostos químicos, o DEHP, em bolsas intravenosas e tubos médicos.
- A substância pode aumentar o risco de câncer, prejudicar o sistema reprodutivo e afetar o desenvolvimento infantil.
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Altas concentrações são um problema sério
Na Califórnia, o DEHP foi proibido em produtos infantis em certas concentrações desde 2009. A nova pesquisa, no entanto, sugere que os residentes da região sul do estado continuam expostos a esse produto químico e outros semelhantes em altas concentrações.
As conclusões são fruto de experimentos realizados em 2019 e 2020. Um total de 137 pessoas receberam pulseiras de silicone e usaram estes equipamentos por cinco dias seguidos. Ao final do período, os pesquisadores procuraram 10 plastificantes conhecidos que o material poderia ter absorvido do meio ambiente. Eles descobriram uma concentração surpreendente de poluentes possivelmente perigosos.
Da massa total de plastificantes absorvidos pelas pulseiras no sul da Califórnia, entre 94% e 97% foram atribuídos ao DiNP, DEHP e a um novo tipo chamado DEHT. Como a maioria dos plastificantes atuais, DiNP e DEHP pertencem a uma família chamada ftalatos, encontrados em embalagens de alimentos, vinil, cosméticos e produtos domésticos em abundância.
Os ftalatos podem ser ingeridos, absorvidos pela pele ou inalados. Eles têm uma vida curta no corpo humano, mas agora estão sendo encontrados na urina da maioria dos norte-americanos com efeitos de saúde amplamente desconhecidos.
Já o DEHT não é um ftalato. Ele foi introduzido como uma alternativa mais segura, mas os pesquisadores dizem que “pouco se sabe sobre a toxicidade potencial da substância”. O estudo foi publicado na Environmental Research.
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