Por dentro de um centro robótico de distribuição da Amazon nos EUA

Por trás de algo tão simples, como fazer uma compra online, está uma cadeia complexa e tecnológica de infraestrutura e logística
Bruno Capozzi10/10/2024 03h07, atualizada em 11/10/2024 13h28
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Como a tecnologia impacta a sua vida? Pense em como você trabalha hoje e como era a sua rotina no trabalho 10 ou 15 anos atrás. Nem estamos falando de tanto tempo assim. Mas a conectividade melhora a cada dia, empresas já conseguem salvar tudo o que precisam na nuvem e quase tudo é digitalizado.

E existem algumas tecnologias que são invisíveis aos nossos olhos. A gente nem se dá conta de como a inovação está presente em ações tão comuns, como fazer uma compra online. E foi esse bastidor que a gente conferiu de perto durante o Delivering the Future, evento global da Amazon em que a empresa mostra novidades em primeira mão e compartilha o que há de mais inovador na operação da big tech. Jornalistas de todo o mundo compareceram a palestras e rodas de conversas nesta quarta-feira (09).

Para a edição de 2024, viemos até Nashville, no estado do Tennessee. A poucos minutos da cidade está Mount Juliet, onde fica o centro robótico de distribuição MQY1. O espaço tem 280 mil metros quadrados. É o equivalente a mais ou menos 55 campos de futebol espalhados em cinco andares para dar conta de 30 milhões de pacotes armazenados. Cerca de 2.500 funcionários trabalham no local.

Quer dizer, 2.500 funcionários humanos. Existem centenas de robôs trabalhando no armazém. Boa parte deles, inclusive, fica circulando entre os funcionários.

Esse é o Proteus. Ele é o primeiro robô totalmente autônomo da Amazon, o que significa que ele pode navegar livremente por um local usando sensores para detectar e evitar objetos à frente. Se algum colega estiver parado no meio do caminho, seja ele um ser humano ou um outro robô, o Proteus consegue identificar e manter distância. A missão principal dele é mover esses carrinhos com pacotes até a doca de carregamento para serem colocados em um caminhão.

Outro robô que conhecemos é o Cardinal, um braço robótico de 3 metros que utiliza inteligência artificial avançada e visão computacional para selecionar rapidamente um pacote de uma pilha de pacotes. O Cardinal seria um ótimo jogador de Tetris: ele levanta cada produto, lê o rótulo e coloca tudo com precisão no carrinho apropriado, antes que seja levado para um caminhão.

O Cardinal pode manusear pacotes de até 22 kg, o que, segundo a Amazon, ajuda a reduzir o risco de lesões para os funcionários que normalmente teriam que levantar pacotes maiores. Veja o robô em ação!

Fórmula da Amazon: humanos + robôs = segurança e eficiência

Segundo a big tech, essa fórmula de robôs auxiliando humanos gera, além de mais segurança, mais eficiência: há uma redução de 25% no tempo de processamento dos pedidos e uma diminuição também de 25% no custo do serviço.

A Amazon conta hoje com 750 mil robôs. E aí, claro, sempre surge aquele questionamento sobre a substituição dos postos de trabalho no processo de automatização. A big tech argumenta que os robôs fazem o trabalho pesado para que os funcionários tenham mais segurança e se concentrem em outras tarefas, abrindo caminho para mais qualificação.

Você aí do outro lado, imaginava que sua encomenda passava por um processo tão tecnológico até chegar à sua casa?


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Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.

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