NASA mostra como o furacão Milton se tornou tão forte

De acordo com a NASA, o furacão Milton foi alimentado pela água excepcionalmente quente no Golfo do México
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 11/10/2024 10h29
Furacão Milton visto da Estação Espacial Internacional
Furacão Milton visto da Estação Espacial Internacional (ISS) (Imagem: ISS)
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O furacão Milton tocou a costa dos Estados Unidos com menos força do que o esperado. Mesmo assim os cientistas ficaram impressionados com a evolução do fenômeno climático nas horas anteriores a sua chegada no território norte-americano. Uma animação da NASA mostra como a tempestade se tornou tão forte.

Furacão atingiu a categoria 5 em poucas horas

De acordo com a agência espacial dos EUA, o furacão Milton passou por um “período notável de rápida intensificação” após se formar na Baía de Campeche. Os ventos aumentaram de 56 quilômetros por hora para 257 quilômetros por hora em um período de apenas dos dias, atingindo a categoria 5, a mais forte possível.

Segundo os cientistas, a formação do fenômeno climático parece ter sido influenciada pelo giro da América Central, uma área sazonal de baixa pressão que resulta em um fluxo ciclônico ou anti-horário em grande escala que pode se estender pelo oeste do Caribe, sul do Golfo do México, incluindo a Baía de Campeche e extremo leste do Pacífico.

Eles prosseguem afirmando que, “depois que um cavado de baixa pressão girou do sudeste para o sudoeste do Golfo, a atividade de tempestades começou a se consolidar no sudoeste do Golfo na Baía de Campeche”. A atividade persistente de tempestades nesta área levou à formação de uma área de baixa pressão e, no dia 5 de outubro, o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) classificou o fenômeno como uma depressão tropical.

Pouco depois, o Milton se tornou um furacão. No geral, a intensificação do fenômeno foi alimentada pela água excepcionalmente quente no Golfo do México. Segundo a Nasa, este aquecimento do oceano é resultado da atividade humana.

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Os ventos provocados pelo furacão Milton chegaram a quase 200 km/h (Imagem: reprodução/Redes Sociais)

Fenômeno climático perdeu força e se transformou numa tempestade tropical

  • Antes de atingir o solo da Flórida, na noite desta quarta-feira (9), o furacão Milton já tinha provocado dezenas de tornados e centenas de alertas de tornado, um recorde para um único dia.
  • Após tocar o continente como um furacão de categoria três, Milton perdeu força rapidamente e se transformou numa tempestade tropical.
  • Pelo menos dez pessoas morreram até agora em função da passagem do fenômeno climático pelos Estados Unidos.
  • Os ventos provocados pelo furacão chegaram a 193 km/h no oeste da Flórida e até arrancaram o teto de um estádio na cidade de Tampa.
  • O governo dos EUA pediu que quase 7,3 milhões de moradores, espalhados em 15 condados do estado deixassem a região, a maior evacuação nos últimos oito anos.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

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