O furacão Milton tocou a costa dos Estados Unidos com menos força do que o esperado. Mesmo assim os cientistas ficaram impressionados com a evolução do fenômeno climático nas horas anteriores a sua chegada no território norte-americano. Uma animação da NASA mostra como a tempestade se tornou tão forte.
Furacão atingiu a categoria 5 em poucas horas
De acordo com a agência espacial dos EUA, o furacão Milton passou por um “período notável de rápida intensificação” após se formar na Baía de Campeche. Os ventos aumentaram de 56 quilômetros por hora para 257 quilômetros por hora em um período de apenas dos dias, atingindo a categoria 5, a mais forte possível.
Segundo os cientistas, a formação do fenômeno climático parece ter sido influenciada pelo giro da América Central, uma área sazonal de baixa pressão que resulta em um fluxo ciclônico ou anti-horário em grande escala que pode se estender pelo oeste do Caribe, sul do Golfo do México, incluindo a Baía de Campeche e extremo leste do Pacífico.
Eles prosseguem afirmando que, “depois que um cavado de baixa pressão girou do sudeste para o sudoeste do Golfo, a atividade de tempestades começou a se consolidar no sudoeste do Golfo na Baía de Campeche”. A atividade persistente de tempestades nesta área levou à formação de uma área de baixa pressão e, no dia 5 de outubro, o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) classificou o fenômeno como uma depressão tropical.
Pouco depois, o Milton se tornou um furacão. No geral, a intensificação do fenômeno foi alimentada pela água excepcionalmente quente no Golfo do México. Segundo a Nasa, este aquecimento do oceano é resultado da atividade humana.
Leia mais
- Passagem do furacão Milton pode alterar a costa da Flórida; entenda
- Furacão Milton deixa rastro de destruição na Flórida
- Furacão Milton pode fazer carros elétricos explodirem; entenda
- Furacão Milton: Trump e Musk espalharam desinformação
- Furacão Milton: Procon aponta o que fazer em caso de voos cancelados

Fenômeno climático perdeu força e se transformou numa tempestade tropical
- Antes de atingir o solo da Flórida, na noite desta quarta-feira (9), o furacão Milton já tinha provocado dezenas de tornados e centenas de alertas de tornado, um recorde para um único dia.
- Após tocar o continente como um furacão de categoria três, Milton perdeu força rapidamente e se transformou numa tempestade tropical.
- Pelo menos dez pessoas morreram até agora em função da passagem do fenômeno climático pelos Estados Unidos.
- Os ventos provocados pelo furacão chegaram a 193 km/h no oeste da Flórida e até arrancaram o teto de um estádio na cidade de Tampa.
- O governo dos EUA pediu que quase 7,3 milhões de moradores, espalhados em 15 condados do estado deixassem a região, a maior evacuação nos últimos oito anos.