Amazon investe em reatores nucleares para data centers

Demanda de energia vai triplicar até 2030 e big tech aposta em unidades de baixa complexidade para manter consumo
Por Bruna Barone, editado por Rodrigo Mozelli 17/10/2024 01h34, atualizada em 01/11/2024 14h22
Fachada da Amazon
Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)
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A Amazon anunciou, nesta quarta-feira (16), que assinou três acordos de investimentos em energia nuclear para abastecer data centers da empresa. O financiamento será usado para estudos de viabilidade de instalação de Pequenos Reatores Modulares (SMR, na sigla em inglês) nos Estados Unidos

O uso de energia dos centros de dados da Amazon no país deve triplicar até 2030, exigindo 47 gigawatts de nova capacidade de geração, de acordo com estimativas do Goldman Sachs replicadas pela Reuters

“Os SMRs são um tipo avançado de reator nuclear com uma pegada física menor, permitindo que sejam construídos mais perto da rede. Eles também têm tempos de construção mais rápidos do que os reatores tradicionais”, explicou a big tech.

Centro de operações de mini reator nuclear (Imagem: Divulgação/Amazon)

Pelo contrato fechado com o consórcio de serviços públicos estaduais Energy Northwest, em Washington (EUA), a Amazon terá direito a quatro reatores que poderão gerar entre 320 e 960 megawatts, energia suficiente para abastecer mais de 770 mil lares.

A empresa também vai investir na X-energy, desenvolvedora líder de reatores e combustíveis SMR de última geração. A empresa vai criar o design do reator nuclear usado pela Energy Northwest. 

Na Virgínia (EUA), onde a demanda por energia deve aumentar 85% nos próximos 15 anos, a varejista fechou acordo com a empresa de serviços públicos Dominion Energy para instalar reatores próximo à usina nuclear North Anna, já existente. Isso trará pelo menos 300 megawatts de energia para a região.

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Protótipo de mini reator nuclear (Imagem: Divulgação/Amazon)

Olhar para o futuro

De acordo com a big tech, os investimentos fazem parte do plano de carbono líquido zero, atingindo 100% de energia renovável até 2030. Os valores não foram informados.

“A energia nuclear é uma parte dessa mistura — ela pode ser colocada online em escala e tem um histórico de décadas de fornecimento de uma fonte confiável de energia segura sem carbono para comunidades ao redor do mundo”, diz o comunicado da Amazon.

Na segunda-feira, o Google assinou acordo com a Kairos Power para colocar um SMR em funcionamento até 2030, com mais implantações até 2035. 

A Microsoft também anunciou recentemente um acordo para reativar uma usina na Pensilvânia, fechada em 1979 após o pior acidente nuclear registrado na história estadunidense.


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Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.