Guerra eletrônica: novo sistema gera aviões fantasmas para confundir inimigos

As assinaturas digitais de alta precisão bagunçam a detecção dos radares
Ronnie Mancuzo19/10/2024 15h18
Aviões fantasmas do sistema da Leonardo
Imagem: Divulgação/Leonardo
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Um novo sistema de guerra eletrônica criado pela empresa europeia Leonardo gera aviões fantasmas para penetrar no espaço aéreo inimigo. Basicamente, a ideia é “assombrar” e confundir os radares do alvo.

O chamado “BriteStorm” realiza uma interferência de alta potência contra um amplo espectro de ameaças, bagunçando completamente os sinais que são recebidos pelo oponente. Por trás do sistema, está uma tecnologia de Memória de Radiofrequência Digital (DRFM).

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A DRFM é a mesma tecnologia que atua no sistema BriteCloud, também da Leonardo, voltado para interromper a orientação de mísseis inimigos. No caso dos aviões fantasmas do BriteStorm, eles são gerados com assinaturas altamente realistas para os radares de vigilância terrestres, impedindo que o oponente rastreie e enfrente corretamente os ataques que recebem.

Ruídos fantasmas

Nos testes com a DRFM, a Leonardo buscou detectar e avaliar o ambiente de ameaça de guerra eletrônica e, em seguida, escolher a técnica de contramedida mais relevante. Dependendo da situação, o BriteStorm pode apenas bombardear o sistema inimigo com ruído eletrônico.

O equipamento é pequeno, leve e independente de plataforma, para ser instalado em uma variedade de aeronaves, além de drones ou mísseis. Com design modular, ele pode receber uma antena conforme a necessidade da missão e itens de transmissão e recepção, por exemplo. A Leonardo vê como principais clientes em potencial os governos do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Ronnie Mancuzo
Redator(a)

Ronnie Mancuzo é analista de sistemas com especialização em cybercrime e cybersecurity | prevenção e investigação de crimes digitais. Faz parte do Olhar Digital desde 2020.