Crimes cibernéticos disparam no mundo; Brasil é um dos alvos principais

Os prejuízos financeiros causados pelos crimes cibernéticos aumentaram em 22% no ano passado; Brasil é um dos países mais afetados
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 21/10/2024 11h23, atualizada em 22/10/2024 17h48
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Os prejuízos financeiros causados pelos crimes cibernéticos estão aumentando. De acordo com um levantamento do FBI, as perdas somaram US$ 12,5 bilhões (mais de R$ 71 bilhões) em 2023. Este número é 22% maior do que o registrado no ano anterior.

Brasil é um dos países mais visados por cibercriminosos

O relatório leva em conta as queixas prestadas por empresas de diferentes países ao Centro de Denúncias de Crimes na Internet, um órgão ligado ao governo dos Estados Unidos. Diferentes tipos de fraudes on-line foram identificadas, como roubo de dados, extorsões e espionagem industrial.

Entre as vítimas de fora dos EUA, o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking. Segundo analistas, as companhias brasileiras estão sendo visadas devido ao aumento da velocidade da adoção de novas tecnologias.

Pessoa na sombra com capuz atrás de um notebook e, ao lado, abbandeira do Brasil
Empresas brasileiras entraram na mira dos criminosos nos últimos anos (Imagem: PX Media/Shutterstock)

O trabalho ainda aponta que o ransomware é a técnica mais utilizada pelos cibercriminosos. Através desta ação, dados dos computadores ou servidores invadidos são criptografados ou têm o acesso bloqueado pelos criminosos, que exigem pagamentos para devolver o acesso ou as informações sequestradas.

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Ransomware e vírus (Imagem: Andrey_Popov/Shutterstock)
Ransomware é a técnica mais utilizada pelos cibercriminosos (Imagem: Andrey_Popov/Shutterstock)

Aumento dos gastos com segurança

  • Em função do aumento do número de ataques e dos prejuízos gerados, os gastos mundiais com segurança da informação também devem disparar.
  • A previsão é que sejam investidos US$ 212 bilhões (mais de R$ 1,2 trilhão), em 2025, na aquisição de softwares, serviços e investimentos nas redes.
  • Isso representa um aumento de 15% em relação aos US$ 183,9 bilhões (aproximadamente R$ 1 trilhão) previstos para este ano.
  • As informações são do Valor Econômico.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.