Veja uma das mais brilhantes supernovas com as lentes da Nasa!

Descoberta feita em fevereiro de 1987 ainda rende estudos detalhados sobre as fases de vida e morte de uma estrela 
Por Bruna Barone, editado por Bruno Capozzi 23/10/2024 12h52
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Combinação de imagens da supernova feitas por três observatórios (Imagem: Nasa/Divulgação)
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A Nasa divulgou novas imagens e animações para celebrar uma das estrelas mais brilhantes já avistadas por astrônomos. A supernova titânica, chamada Supernova 1987A, foi descoberta em 23 de fevereiro de 1987.

Localizada na Grande Nuvem de Magalhães, vizinha da Via Láctea, a explosão é a “melhor oportunidade até agora para os astrônomos estudarem as fases antes, durante e depois da morte de uma estrela”, segundo a agência espacial.

O Telescópio Espacial Hubble acumula centenas de imagens da supernova desde 1990. Gravações também foram feitas pelo Observatório de Raios X Chandra e pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array.

Supernova 1987A dentro da Grande Nuvem de Magalhães (Imagem: Nasa/Divulgação)

A combinação desses dados possibilitou uma nova maneira de observar o fenômeno em um trabalho coordenado por Salvatore Orlando, do INAF-Osservatorio Astronomico di Palermo, na Itália. 

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Aumento de brilho de um anel de gás ao longo dos anos (Imagem: Nasa/Divulgação)

O que a Nasa vem aprendendo?

Supernovas como a SN 1987A podem agitar o gás ao redor e desencadear a formação de novas estrelas e planetas, segundo a agência espacial. O gás do qual essas estrelas e planetas se formam será enriquecido com elementos como carbono, nitrogênio, oxigênio e ferro, componentes básicos da vida conhecida. 

Com a observação contínua do fenômeno, os astrônomos podem ter uma visão única dos estágios iniciais da dispersão dos elementos expelidos pela estrela pré-supernova e durante a explosão da supernova em si.

“Estudos do Hubble revelaram que o denso anel de gás ao redor da supernova está brilhando em luz óptica e tem um diâmetro de cerca de um ano-luz. O anel estava lá pelo menos 20.000 anos antes da estrela explodir. Um flash de luz ultravioleta da explosão energizou o gás no anel, fazendo-o brilhar por décadas.”

Os pesquisadores têm acompanhado os restos brilhantes da supernova para estudar como a poeira pode criar novos elementos a partir da estrela progenitora. “Essas observações também sugerem que a poeira no universo primitivo provavelmente se formou a partir de explosões de supernovas semelhantes”, explica a Nasa.

Os astrônomos também estão procurando evidências de um buraco negro ou uma estrela de nêutrons deixada para trás pela explosão da SN 1987A.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.