Incenso pode representar riscos à saúde, alerta estudo

Pesquisadores apontam que a queima de incenso pode gerar dores de cabeça, disfunção respiratória e até reações alérgicas
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 25/10/2024 05h40, atualizada em 01/11/2024 14h02
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Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E
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Queimar incenso faz parte de práticas religiosas e culturais, incluindo meditações, celebrações e culto espirituais. No entanto, um novo estudo alerta que isso pode causar riscos significativos à saúde de crianças e adultos.

Um caso chamou a atenção de pesquisadores:

  • Eles analisaram um caso de uma paciente de 87 anos que apresentava sintomas de falta de ar recorrentes.
  • Após investigações, eles descobriram que a mulher ficava exposta a queima diária de incenso como forma de homenagear seus ancestrais.
  • A saída foi indicar que ela usasse dispositivos elétricos de incenso, o que resultou na melhora de seu quadro de saúde.
  • O caso em questão foi apresentado na Reunião Científica Anual do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI), realizado em Boston, nos Estados Unidos.
  • As informações são do Medical Xpress.
Crianças são especialmente suscetíveis aos riscos (Imagem: Prostock-studio/Shutterstock)

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Riscos à saúde associados ao incenso

O estudo aponta que a queima de incenso apresenta riscos à saúde, incluindo dores de cabeça, disfunção respiratória, asma, sensibilidade dermatológica e reações alérgicas. Os pesquisadores explicam que os vapores de incenso contêm carbono, enxofre, óxidos de nitrogênio, bem como formaldeído e outros compostos voláteis aromáticos policíclicos que são cancerígenos.

As pessoas que queimam incenso podem não perceber que os membros da família, incluindo crianças, são expostos ao fumo passivo, o que gera consequências para a saúde. Semelhante à fumaça do tabaco, a fumaça do incenso pode permanecer em móveis, roupas e outros locais por meses.

Um dos efeitos da queima excessiva de incenso é a asma (Imagem: Dragana Gordic/Shutterstock)

Os autores do trabalho apontam que, além das implicações para a saúde, a combustão do incenso contribui para a poluição do ar no local e pode ser um fator de risco para incêndios. Eles recomendam que os profissionais de saúde levem em conta o significado por trás da prática, mas não descartem os prejuízos à saúde.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.

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