Cidade maia perdida é revelada com o uso de lasers

Segundo os pesquisadores, a cidade data do período clássico (de 250 a 900 d.C.) e tem todas as características de uma capital política maia
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Flavia Correia 29/10/2024 12h23, atualizada em 01/11/2024 14h03
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O avanço da tecnologia permitiu que pesquisadores localizassem uma enorme cidade maia na Península de Yucatán, no México. Usando um sistema de lasers, foi possível identificar 6.674 estruturas, incluindo pirâmides como as de Chichén Itzá.

A cidade recebeu o nome de Valeriana em referência a uma lagoa de água doce próxima. Segundo a equipe responsável pelo trabalho, ela data do período clássico (de 250 a 900 d.C.) e mostra “todas as características de uma capital política maia clássica”.

Muitas outras cidades ainda podem estar enterradas

  • O sistema de laser revelou a existência de várias praças conectadas por uma ampla calçada, pirâmides e templos.
  • Mais distante do centro da cidade também foram encontrados terraços e casas, sugerindo uma densa expansão urbana.
  • As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Antiquity.
  • Este é o primeiro trabalho a revelar estruturas maias nesta região e indica que existem muitos assentamentos do período ainda perdidos.
Cidade maia foi localizada na região do atual México (Imagem: Antiquity)

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Sensor LiDAR ajudou os pesquisadores

Durante os trabalhos, os pesquisadores usaram um sensor LiDAR (detecção e alcance de luz). A técnica funciona a partir do direcionamento dos feixes para a paisagem desejada. A tecnologia, então, consegue criar uma imagem da superfície do terreno, inclusive com eventuais estruturas enterradas ali.

Apesar da capacidade, este sistema é considerado caro e não é acessível a todos os pesquisadores. Por isso, a equipe utilizou análises anteriores feitas no local para monitorar o carbono nas florestas do México.

Lasers revelaram cidade antiga enterrada (Imagem: Antiquity)

Ao analisar 129 quilômetros quadrados no centro-leste de Campeche, no atual território mexicano, os cientistas encontraram impressões ocultas que poderiam indicar a existência de construções enterradas. A partir daí, foi possível concluir que tratava-se de uma cidade maia perdida.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.