Imagem: testing/Shutterstock
Após mais de dois anos de operação, a estação espacial da China, Tiangong, está pronta para um upgrade. A intenção foi sinalizada nos últimos dias por Li Ming, presidente do Comitê de Ciência e Tecnologia da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, durante o Congresso Internacional de Astronáutica em Milão, na Itália.
O governo do presidente Xi Jinping vem ampliando os gastos com projetos espaciais nos últimos anos. A China já investiu bilhões de dólares no setor, com dois objetivos principais: alcançar os EUA e a Rússia e levar taikonautas (astronautas chineses) à Lua até 2030.
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A atualização de Tiangong é parte importante desses planos. De acordo com Li, as mudanças na estação virão em etapas. A primeira será incrementar a estrutura central Tianhe com mais módulos.
Atualmente, Tiangong tem o formato da letra T. Com as alterações, a ideia é que a estação espacial fique mais parecida com uma cruz – ou com o que os chineses chamaram de “duplo-T”. Isso permitiria à agência estender a escala de operações à bordo.
Outro plano é tirar do papel uma “nave espacial renovável”, que possa ser reutilizada várias vezes e que envie astronautas tanto à Tiangong (na órbita baixa da Terra) quanto à Lua. Enviar humanos à Lua, como dito, é um dos principais objetivos da Agência Espacial Tripulada da China (CMSA).
“Agora estamos prontos para receber astronautas internacionais para se juntarem ao programa da estação espacial chinesa, com base no princípio de respeito mútuo, benefício mútuo, inclusão e igualdade”, disse o executivo.
A China também planeja obter vantagens estratégicas a partir de um super Telescópio Espacial que deve orbitar junto com Tiangong. Batizado de Xuntian, esse observatório será um pouco menor que o Hubble. A promessa, no entanto, é que o seu campo de visão seja 300 vezes maior do que o equipamento da NASA.
O Xuntian será do tamanho de um ônibus e contará com um espelho primário de dois metros de diâmetro. Sua capacidade gigantesca será excelente para a realização de amplas pesquisas espaciais. E, por orbitar junto com Tiangong, ele poderá se acoplar facilmente à estação espacial, para eventuais reparos, manutenção ou atualizações.
De acordo com Pequim, o Xuntian escaneará e mapeará cerca de 40% dos céus durante sua vida útil planejada de 10 anos, usando sua câmera de 2,5 bilhões de pixels.
A China disse estar aberta a parcerias e negociações envolvendo o seu futuro e potente telescópio. As informações são do Space.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de novembro de 2024 14:28