China usa modelo da Meta para criar IA militar

Chamado de ChatBIT, o modelo de IA foi ajustado e otimizado para tarefas de diálogo e resposta a perguntas relacionadas ao campo militar
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 01/11/2024 11h54
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(Imagem: Pixels Hunter / Shutterstock.com)
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A corrida pela hegemonia da inteligência artificial também é militar. As principais instituições de pesquisa chinesas ligadas ao Exército de Libertação Popular usaram o modelo Llama, da Meta, para desenvolver uma ferramenta de IA para aplicações militares.

Chamado de ChatBIT, ele foi ajustado e otimizado para tarefas de diálogo e resposta a perguntas relacionadas ao campo militar. Segundo Pequim, o modelo supera o ChatGPT-4, da OpenAI. Não foi revelado se o recurso já está sendo utilizado pelos chineses.

Pequim vem apostando na IA para superar EUA

  • Fontes ouvidas pela Reuters afirmam que a IA chinesa pode não ficar focada apenas à análise de inteligência.
  • No futuro, a expectativa é que ela atue no planejamento estratégico, treinamento de simulação e tomada de decisão de comando.
  • Analistas destacam que este é um exemplo das capacidades tecnológicas chinesas.
  • Segundo eles, Pequim está criando de dezenas de laboratórios de pesquisa e já reduziu a distância tecnológica do país em relação aos Estados Unidos.
  • O Ministério da Defesa da China não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
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Criação da IA militar tem como pano de fundo a disputa entre EUA e China (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

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Os termos de uso do Llama proíbem a utilização do modelo para fins militares. No entanto, como ele está disponível publicamente, a Meta não tem muitas formas de exigir o cumprimento destas regras.

A empresa se limitou a informar que espera que tais tecnologias sejam usadas de maneira aceitável e segura. Além disso, destacou que tomou medidas para evitar o uso indevido da IA, sem citar que tipo de ações foram adotadas.

Llama, modelo de IA da Meta, está disponível publicamente (Imagem: gguy/Shutterstock)

Segundo a Meta, “qualquer uso de nossos modelos pelo Exército de Libertação Popular é não autorizado e contrário à nossa política de uso aceitável”. A companhia ainda acrescentou que os Estados Unidos devem adotar a inovação para fazer frente aos chineses.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.