(Imagem: Deborah Lee Rossiter/Shutterstock)
Durante escavações em busca de fósseis de dinossauros na Argentina, uma equipe de paleontólogos foi surpreendida por uma descoberta inesperada: um girino gigante do Jurássico Médio (de 174 a 163,5 milhões de anos atrás). O espécime encontrado na Formação La Matilde, na Patagônia, foi descrito em um artigo na revista Nature.
Entenda:
A equipe estima que o girino gigante tenha cerca de 161 milhões de anos e pertença à espécie de sapo Notobatrachus degiustoi. É o primeiro fóssil de girino antigo comparado a um equivalente adulto, e pode encerrar um debate comum: “Alguns pesquisadores afirmam que provavelmente os sapos [mais antigos] não tinham um estágio de girino. Demonstramos que isso não é verdade”, diz Mariana Chuliver, autora principal do artigo, ao Live Science.
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Fósseis de girinos costumam ser bem difíceis de encontrar, explica Chuliver, já que eles geralmente morrem enquanto ainda estão na água e só formam ossos mais firmes na idade adulta. Felizmente, o espécime encontrado na Argentina estava “em um estágio avançado de desenvolvimento”, facilitando a identificação da espécie e seu equivalente adulto.
Chuliver também explica que o tamanho do fóssil – cerca de 16 cm de comprimento com uma cauda de 7,6 cm – ajudou a identificar a espécie, cujo estágio adulto é igualmente grande. “É realmente difícil de encontrar os dois estágios [juvenil e adulto] sendo gigantes na natureza hoje em dia.”
Apesar do tamanho impressionante, o corpo do N. degiustoi é bem parecido com o dos girinos modernos. Outra semelhança apontada pelos pesquisadores é o sistema de alimentação por filtragem – indicando que, muito provavelmente, os girinos estão no mundo há tanto tempo quanto os sapos em estágio adulto.
Esta post foi modificado pela última vez em 6 de novembro de 2024 12:21