Imagem: Divulgação/Suzuki
A japonesa Suzuki, conhecida aqui no país principalmente pelas suas motos e pelo 4×4 Jimny, acaba de lançar o seu primeiro veículo elétrico da história.
O E Vitara é um SUV fruto de um trabalho conjunto da empresa com a também nipônica Toyota. Além de bonito, o carro promete entregar um bom desempenho. A má notícia é que não há previsão de o modelo desembarcar no Brasil.
Inicialmente, a Suzuki planejar fabricar o EV na planta da companhia em Gujarat (Índia), a partir da próxima primavera no Hemisfério Norte (ou seja, o nosso outono no Hemisfério Sul). O lançamento oficial deve ocorrer um pouco depois, no verão de 2025, mas apenas para os mercados europeu, indiano e japonês.
O Brasil não ficou sozinho de fora nessa lista. A montadora não tem planos de levar seu EV nem mesmo para os Estados Unidos.
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Entre o fim de 2022 e o início de 2023, a Suzuki anunciou ao mundo que faria investimento de US$ 35 bilhões (R$ 199,24 bilhões, na conversão direta) nessa tecnologia. Além disso, estipulou meta de lançar cinco EVs até o fim da década.
Ok, ainda estamos em 2024 (ou seja, dá tempo), mas o presidente da empresa, Toshihiro Suzuki, resolveu pisar no freio. Em entrevista ao AutoCar, ele revelou ter colocado os projetos futuros em “modo de espera”, enquanto a marca “monitora” o mercado.
Como lembra o The Verge, assim como a Toyota, a Suzuki nunca foi grande entusiasta do “sonho elétrico”. Tanto que as empresas demoraram bem mais do que as outras para lançar veículos desse tipo. E a maioria dos novos produtos são híbridos – e olhe lá.
Toshihiro Suzuki disse que não tem nada contra os modelos elétricos. Ele, no entanto, é bastante cauteloso com as estratégias de mercado.
“Estamos em uma situação muito difícil neste momento, pois as vendas de BEVs estão diminuindo. E, por outro lado, EVs acessíveis e baratos da China estão chegando ao mercado, então é um momento muito difícil para introduzir mais BEVs”, disse ele à AutoCar.
“Olhando para a situação atual, os incentivos governamentais para BEVs estão saindo e, [junto com] os EVs chineses que têm uma competitividade de segmento muito forte, você tem que pensar cuidadosamente sobre que tipo de BEV deve ser introduzido no mercado e em que momento”, concluiu o executivo.
Esta post foi modificado pela última vez em 4 de dezembro de 2024 16:31